segunda-feira, 31 de maio de 2010

Ressaca...

Depois de sofrer a dor de um amor perdido, nada melhor que analisar-se os motivos, fatos, atitudes e desfecho, principalmente para não cair em outra esparrela, até à próxima encarnação... quem sabe, mais duas à frente, corre-se menos riscos.
Mesmo porque ninguém agüenta cara de mulher apaixonada... é um olhar que não enxerga, uma felicidade tão histérica, uma alegria tão bestificada que, depois que passou, é difícil entender porque as pessoas não se isolam a um raio de quilômetros da mulher em estado de paixão.... porque ficar perto é terrível... um suspirar de hora marcada (leia-se a cada inspiração do ar), um dependurar-se ao telefone, com aquela cara estúpida, levitando a cada estupidez que é dita do lado de lá... um acreditar em tudo que o amado diz, sem contestar, sem duvidar... credita-se ao amado a maior garantia, a maior veracidade, porque ele virou, de repente, o príncipe dos seus sonhos... e um príncipe só vira sapo quando faz a apaixonada entalar com uma pedra de dimensões gigantescas, porque, afinal, a paixão tem o poder de superlativizar tudo... o amado é o máximo, o amor é lindo, ninguém nunca viveu coisa parecida.
Inteligências, humores e gentilezas sempre são maiores que o normal e o possível porque, afinal, o amado é o amado. Até o dia em que o amado vira o cretino... até o dia em que se descobre que ele não tinha nada de príncipe, que o amor foi um engodo, as mentiras , incrivelmente viram duras verdades e o que fica superlativizada é a decepção... não com o sapo, quero dizer, com o príncipe, mas com a morbidez do ser humano, com a capacidade de enganar e, justiça seja feita, de se deixar enganar...

Ah!, mulher apaixonada, se se pudesse dar um passo atrás no tempo e não cair na conversa.... se se pudesse lembrar os desastres acontecidos tão de perto, mas a paixão bestifica a mulher e, por maior que seja a sua inteligência, a burrice ocupa todo o cérebro, transformando em sensações alucinantes, qual fosse o maior dos alucinógenos, toda e qualquer atitude... E o sapo, quero dizer, o amado, se faz na proporção desta alucinação.
De tudo, o pior é acordar com a ressaca do sonho. Porque, num porre de álcool, a ressaca passa logo... mas, num porre de homem, custa a passar: dores de cabeça intermináveis, enjôos de estômago, o coração apertado... Mas, isto não é motivo para se desesperar: como qualquer boa ressaca que se preze, esta, também, passa. Demora um pouco, mas passa. Até que venha a lucidez, para não mais repetir o erro... ou até que apareça outro sapo, quero dizer, outro príncipe.
Afinal, não dizem por aí que para não se ter ressaca é necessário manter-se constantemente de porre???????
Pois é!!!!!!!!!!!!!...

Maria Tereza

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Um Sonho Realizado

Faz um ano que minha sobrinha realizou um tão desejado sonho de conhecer a banda britânica chamada Mcflay,  resolvi postar o texto que ela publicou em seu fotolog pelo fato de estar com ela nesse  momento tão feliz.

Mirtes

Ain't that perfection?

Um ano.
26/05/10
Domingo, 24 de Maio de 2009
Amanhece. Os primeiros raios de sol ultrapassam a vidraça da janela do meu quarto e devido a refração da luz, invadem furtivamente o ambiente, iluminando-o com a luminosidade matinal. Levo alguns fragmentos de minutos até me dar conta do dia em que eu me encontrava: Eu os veria perto de mim pela primeira vez. Pude sentir a emoção me corroendo por dentro, acelerando e ao mesmo tempo diminuindo minha pulsação sanguínea, me fazendo pular imediatamente da - já não tão confortável - cama. Eu contava o tempo enquanto arrumava os últimos detalhes para que o dia terminasse com indiscutível perfeição.
Tic, tac, tic, tac. 8 horas, 7 horas, 6 horas. Droga, como o tempo poderia ir contra mim em um dia como este?! 5 horas, 4 horas, 3 horas. Eu podia sentir a adrenalina correndo apressada pelas minhas veias, fazendo com que meu coração quase se chocasse contra a minha caixa torácica. 2 horas, 1 hora... E finalmente eu pude correr, tentando ficar o mais próxima de vocês que eu pudesse, mas mesmo assim algumas horas ainda correram e a cada segundo eu olhava para o palco vazio, procurando algum sinal de vida. Eu ainda não estava viva o suficiente. Apenas... Existia. Até que gritos extremamente agudos invadiram minha audição, me provocando uma dor acústica que me fazia ir a loucura. Não pelo barulho, mas por saber que vocês estavam ali.
Os primeiros versos de One For The Radio fizeram com que as lágrimas salgadas corressem pelas minhas bochechas, transbordando alegria, amor e principalmente... Música. Eu transpirava música e McFLY naquele momento, e durante toda a duração do concerto. Cada música, cada acorde, cada grito, cada brincadeira fica gravada em minha memória. Podia ver que vocês realmente estavam ali. Vocês existiam e não eram apenas uma imperfeição perfeita inventada pela minha mente. Vocês estavam ali, em minha frente, tocando para mim - mesmo que apenas em minha mente - e sorrindo por ver e ouvir a sua letra ser acompanhada por tantas pessoas que compartilhava o - não o mesmo - amor que eu sentia. Apesar do calor, dos gritos ensurdecedores, da sede insaciável, eu sabia que era a voz do meu menino que eu estava ouvindo ali. Eu podia ver a personificação da música e do amor ali, sorrindo e tocando suas melodias, as melodias que mudaram minha vida eternamente, tirando completamente minha concentração em qualquer coisa e pessoa a minha volta. Qualquer dor que eu viesse a sentir um dia, cada lágrima que surgia dos meus olhos era instantaneamente paga por ouvir aquelas músicas e aquela voz. A voz que ocupava meus pensamentos, o meu sub-consciente. A melodia que mudava os meus dias, completando-os. Eram vocês ali.
"Sounds of laughter, shades of love are ringing through my opened ears, inciting and inviting me. Limitless undying love, which shines around me like a million suns, and calls me on and on across the universe."

Segunda, 25 de Maio de 2009
Os meus olhos se abrem lentamente, ainda se recusando a acreditar nos momentos vividos na noite anterior. Tento me mexer, mas os músculos doloridos do meu corpo se recusam a fazê-lo. Eu tento controlar minhas emoções, tentando me fazer acreditar que era real sim, meio que achando impossível descrer da dor em minha cabeça e corpo inteiro, além do sentimento de alma intacta, renovada... Eu me sentia completamente viva naquele momento, ainda - com toda minha estupidez - que aquele tinha sido o máximo que eu um dia conseguiria. Levantei-me com alguma dificuldade, sem prestar real atenção no horário, ligando o computador no momento seguinte, podendo assim falar com uma de minhas amigas, sabendo que vocês iriam passar o dia aqui, em Recife, e perguntando se eu iria para o hotel, e ao perguntar a minha tia (Mirtes) se ela poderia me levar, disse que sim, que o faria, mas sem pretender realmente muita coisa, pois não fazia realmente muito sentido esperar algo dali, já que já tinha realizado um dos meus maiores sonhos no fim do dia anterior, mas mesmo assim eu poderia sentir o meu corpo vibrar com a menor das possibilidade de ser envolvida pelos braços dos meus heróis (pra mim, a definição exata de herói é alguém simples que de alguma forma se tornou extraordinário).
Ao que chego lá, há uma - não tão pequena - confraternização de fãs em frente do Recife Palace, com uma tentativa falha de organização das mesmas para conseguir conquistar o objetivo em comum de todas: os ver. Em certo momento, pode se ver que a grande maioria corre em direção ao vidro que dá acesso ao hotel. Danny, Tom, Harry eram visíveis abaixo de tanta gente. Um vidro - e algumas pessoas - me separava deles. Ainda chamo o Harry de herói do dia por apenas um gesto feito por suas mãos, que diziam que depois iriam tirar fotos. Por mais que aquilo tivesse 50% de chance de não ser nada ou simplesmente não aparecer, mas, não. Eu confiava na "espinha dorsal" da banda cujas músicas mudaram meu mundo.

Enquanto o tempo passava e eu sentia o meu coração apertar, receando não poder esperar que eles aparecessem, eu pude usar o meu celular - santo seja a internet no celular! - para poder assim utilizar o twitter do mesmo. Eles não tinham ido embora... Estavam se divertindo em uma praia qualquer, e esta afirmação fez com que o alívio tomasse conta de minhas emoções. A qualquer momento eles poderiam chegar... E isto poderia, sim, significar, pelo menos eu espero que sim, que eu os abraçaria pela primeira vez durante 4 anos inteiros de espera. Eu podia sentir que eu estava começando a esperar grande coisa deste dia... Que poderia - e viria a ser - um dos melhores dias de minha existência inteira, e o mais esperado, também.
Minutos se passavam, lenta e dolorosamente se transformavam em horas, E a tensão em meu rosto era evidente. Que soe ambicioso, não me importo. Eu precisava vê-los ainda mais próximos de mim, era necessário para a minha sanidade que isto acontecesse... Eu tagarelava com o Levi, ainda com a insegurança de se eles voltariam ou não naquele mesmo dia, mas ele não afirmava nada. Nada que me dissesse que sim, vocês estariam aqui.
Em certo momento, não lembro do mesmo com exatidão, a van em que vocês estavam chega, mas rapidamente vocês sobem para os seus devidos quartos, deixando no ar a tensão de se vocês chegariam a voltar ou não. Cada pessoa que me acompanhava, inclusive minha tia que muito ajudara tentando descobrir se tinham ido realmente.

Podia sentir o mesmo. Até que... Apenas borrões de correria estão realmente gravados em minha memória. Vocês desceriam e atenderiam cada um dos fãs, dando autógrafos e, talvez, algumas fotos... Apenas a menção de tal notícia me fazia divagar em pensamentos.
Em certo momento eu pude vê-los, lado-a-lado, em minha frente. Infelizmente eu não pude tirar uma foto com cada um de vocês, mas eu pude abraçá-los e sentir o cheiro de cada um de vocês em minhas narinas, além da lembrança eterna da risada do meu único amor em minha audição, ao que eu o disse que eu o amava muito, e precisava muito do mesmo. Sim, Tom Fletcher, eu preciso de você. Minha calma ao que o fiz me assusta até este exato momento que digito tais palavras neste espaço virtual que hoje em dia é o mais próximo que consigo chegar de vocês. Talvez tenha sido a possibilidade de fazer com que vocês se fossem ao que eu tentasse entrar em desespero...
"You don't realize how much I need you. Love you all the time, never leave you.. Please come on back to me. I'm lonely as can be. I need you. As I looked in your eyes, you told me. Please remember how I feel about you. I could never really live without you[/i]. So, come on back[/i] and see just what you mean to me. I need you."

Obrigada a todos

Por Isadora Crespo

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Quero Voltar a Confiar.

Fui criado com princípios morais comuns:
Quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós,
tios, vizinhos eram autoridades dignas de respeito e
consideração.
Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto.
Inimaginável responder de forma mal educada aos mais
velhos, professores ou autoridades…
Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou
familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da
cidade…
Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes
de terror…
Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que
perdemos.
Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão.
Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos
e dos adultos.
Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados
para cidadãos honestos.
Não levar vantagem em tudo significa ser idiota.
Pagar dívidas em dia é ser tonto…
Anistia para corruptos e sonegadores…
O que aconteceu conosco?
Professores maltratados nas salas de aula,comerciantes
ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e
portas.
Que valores são esses?
Automóveis que valem mais que abraços,
Filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de
ano.
Celulares nas mochilas de crianças.
O que vais querer em troca de um abraço?
A diversão vale mais que um diploma.
Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa.
Mais vale uma maquiagem que um sorvete.
Mais vale parecer do que ser…
Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?
Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar
as flores!
Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas
noites de verão!
Quero a honestidade como motivo de orgulho.
Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar
olho-no-olho.
Quero a vergonha na cara e a solidariedade.
Quero a esperança, a alegria, a confiança!

Arnaldo Jabor

Administração feminina.

Uma mulher andava na beira de um rio, quando viu um sapo preso em uns galhos, pedindo socorro. Quando ela chegou perto, ele disse:
- Me salva que eu realizo três desejos seus, mas, tudo que eu der a você, seu marido ganhará dez vezes mais.
Ela pensou um pouco e resolveu aceitar a proposta do sapo, salvando-o em seguida.

1º Desejo
Mulher : Quero ser mUUUito, mas mUUUito rica.

Sapo : Ok, mas lembre-se que seu marido será 10 vezes mais rico.
Mulher: Não tem importância, tudo que é meu é dele, e tudo que é dele é meu ..
E ela se tornou muito rica. Ele também.

2º Desejo:
Mulher : Quero ser muUUUUito, mas muuuuito bonita..
Sapo : Ok, mas a mulherada vai cair em cima do seu marido, porque ele vai ser 10 vezes mais bonito que você
Mulher : Não tem problema...
E ela se tornou rica e maravilhooooosa.Ele também.

Enfim, o 3º desejo :
Mulher : Quero ter um enfartezinho bem
pequenininho... bem de leve...só um susto!...
Sapo : (mudo)

Nunca subestime a capacidade administrativa nem a inteligência de uma mulher!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Paciência....

Ah! se vendessem paciência nas farmácias e supermercados…
Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia. Por muito pouco a madame que parece uma “lady”, solta palavrões e berros que lembram as antigas “trabalhadoras do cais”, e o bem comportado executivo, “o cavalheiro”, se transforma numa “besta selvagem” no trânsito que ele mesmo ajuda tumultuar.

Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma “mala sem alça”, aquela velha amiga uma “alça sem mala”, o emprego uma tortura, a escola uma chatice,. O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela.

Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela Internet estava demorando para dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça inconformado. Vi uma moça abrindo um email com um texto maravilhoso do Jabor e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais…

Pobre de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus, sem tempo para o amor, talvez 40 minutos para o sexo, sei lá, quem sabe uns 15 minutos…, a paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta.

Pergunte para alguém que você saiba que é “ansioso demais”, onde ele quer chegar? Qual é a finalidade de sua vida? Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta. E você? Onde você quer chegar? Está correndo tanto para que? Por quem? Seu coração vai agüentar? Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar? A empresa que você trabalha vai acabar? As pessoas que você ama vão parar? Será que você conseguiu ler até aqui???

Respire…acalme-se…o mundo está apenas na sua primeira volta e com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência. Pense nisso!
Lá vem o sol….
Eu acredito em você

Paulo Roberto Gaefke

domingo, 23 de maio de 2010

NO H8

"Protesto silencioso traz centenas de pessoas fotografadas com as bocas fechadas por fitas adesivas."

A campanha “NO H8″ foi oficialmente lançada em Fevereiro desse ano pelo fotógrafo Adam Bouska e seu parceiro Jeff Parshley, mas ganhou força após a aprovação da “Proposition 8″ - que proibe o casamento de pessoas do mesmo sexo na Califórnia. O movimento, chamado de “protesto silencioso”, é realizado através das fotos, onde todos aparecem com as bocas fechadas por fitas adesivas.
Campanha que está acontecendo nos Estados Unidos chamada “NO H8”, contra a decisão do Supremo Tribunal Americano que confirmou uma proibição do casamento gay na Califórnia, a tal "Proposta 8". O nome faz referência a tal proposta e falado rapidamente significa "sem ódio".
Muito boa a campanha, vale a pena participar, lutar não só contra a homofobia, mas contra qualquer tipo de preconceito.
Para o amor acontecer não importa cor, credo, classe social, idade e muito menos a opção sexual. Afinal foi dado a cada um de nós o direito de escolha, o livre arbítrio.

Conto com vocês!!!

Fonte Diversas

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Deixe aflorar toda a sua doçura!

Às vezes, fico me perguntando porque é tão difícil ser transparente... Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros.
Mas ser transparente é muito mais do que isso.
É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que a gente sente...
Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair as máscaras, baixar as armas, destruiros imensos e grossos muros que insistimos tanto em nos empenhar para levantar...
Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde!
mas infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco.
Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana.
Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam do mais profundo de nosso ser...
Preferimos nos perder numa busca insana por respostas imediatas a simplesmente nos entregar
e admitir que não sabemos, que temos medo!
Por mais doloroso que seja ter de construir uma máscara que nos distancia cada vez mais de
quem realmente somos, preferimos assim: manter uma imagem que nos dê
a sensação de proteção...
E assim, vamos nos afogando mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes,
em falsos sentimentos...
Não porque sejamos pessoas mentirosas, mas apenas porque nos perdemos de nós mesmos
e já não sabemos onde está nossa brandura, nosso amor mais intenso e não-contaminado...
Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar... doçura, compaixão...
a compreensão de que todos nós sofremos, nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir, num silêncio que nos remete a uma saudade desesperada
de nós mesmos... daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem de mostrar àqueles que mais amamos!
Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor revidar, descontar, agredir, acusar, criticar e julgar do que simplesmente dizer: "você está me machucando... pode parar, por favor!
Porque aprendemos que dizer isso é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro.
Quando, na verdade, se agíssemos com o coração, poderíamos evitar tanta dor, tanta dor...
Sugiro que deixemos explodir toda a nossa doçura!
Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencíveis...
Que consigamos não tentar controlar tanto, responder tanto, competir tanto...
Que consigamos docemente viver... sentir, amar...
E que sejamos muito mais coração, muito mais sentimento,
inundado de um amor transparente, apesar de todo o risco que isso possa significar...

Rosana Braga

Fechada Para Balanço

As vezes me sinto assim e corro para não ter que fechar....
Mirtes

Acho que as pessoas têm o costume de fechar-se para balanço nos últimos minutos de um ano que se finda ou nos primeiros do que chega. Mas, há momentos, em que a gente se fecha compulsoriamente para um balanço da vida.
Aconteceu comigo: fechei-me para balanço, fechei-me em mim e para mim mesma.
Não sei se isso significaria um repensar, uma tomada de consciência, um fechamento do Passivo para usufruto do Ativo, quando houver.
A contabilidade da vida é uma coisa meio aleatória. O recurso é buscado, trabalhado, batalhado e, muitas vezes, passa a fazer parte do Ativo Permanente. Outras, ganhamos cada ‘prêmio’ da vida, que fica fazendo parte daquele Passivo Flutuante, que a gente compreende e assume como obrigação, mas não tem nenhum prazer em consolidar ou quitar.Via de regra, todo Ativo é inferior ao Passivo e as obrigações se avultam de tal forma, que somos obrigados a abrir a conta do Passivo Mórbido, aquelas do tipo que ninguém gostaria de abrir, nunca.
No método das partidas dobradas, concluo que o meu Ativo está bem menor que o Passivo, o que significa que os meus ganhos estão muito aquém das minhas obrigações, tornando o meu Passivo Mórbido difícil de administrar.
Significa ainda que, contabilizando toda a minha vida, tive mais perdas que ganhos e, por isso, fechei-me para uma análise do Balanço Geral, objetivando descobrir onde estão os erros.
Não que eu tenha que prestar contas deste Balanço a alguém, mas é mais por uma necessidade pessoal, já que o ser humano é pródigo em não ser o único pilar no seu eixo: ele tem necessidade de gravitar em torno de vários eixos e eleger um como seu parâmetro.
Neste exercício de infindáveis comparações, se olharmos para trás, podemos até perceber que não foram poucos os ganhos que tivemos. Contrapartida, se olharmos para a frente, não deixamos de nos sentir humilhados, pequenos e carentes de uma série de coisas que elencamos como necessárias à nossa vida. (Este exercício cada um entenda como melhor lhe aprouver, usando os elementos que mais fizerem sentido para si no momento da leitura deste texto).
Percebo, a partir daí e de várias outras contingências, que o meu fechamento está durando mais do que o necessário. Neste sentido, existem dois caminhos que tenho que escolher, obrigatoriamente: ou abro novamente as portas ou encerro de vez as atividades, abrindo uma concordata sem data marcada para findar ou declarando uma falência iminente.
Na verdade, penso que já decretei esta falência, mesmo sem ter feito o aviso formal. Quando perdi a última conta do Ativo Permanente, tamanho foi o rombo que a falência deu-se de forma natural.
Voltando, finalmente, ao método das partidas dobradas, acho que zerei o Balanço. Quer dizer, zerei o Ativo, porque o Passivo Mórbido continua monstruoso, reclamando por soluções que não estão, por enquanto, dentro das minhas possibilidades e limitações, passíveis de resolver.
Assim, desde que ainda existe uma diferença nesta conta e nenhuma possível solução à vista, acho que não há outra saída senão continuar Fechada para Balanço.

Maria Tereza

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O poder do crachá!

Só para descontrair, essa é boa!!
Mirtes

Um policial federal vai a uma fazenda e diz ao dono, um velho fazendeiro:

"Preciso inspecionar sua fazenda por plantação ilegal de maconha!"

O fazendeiro diz: "Ok, mas não vá naquele campo ali." E aponta para uma certa área.

O policial, puto da vida diz indignado: " O senhor sabe que tenho o poder do governo federal comigo?" e tira do bolso um crachá mostrando ao fazendeiro: "Este crachá me dá autoridade de ir onde quero ... e entrar em qualquer propriedade. Não preciso pedir ou responder a nenhuma pergunta! Está claro? Me fiz entender?!"

O fazendeiro todo educado pede desculpas e volta para o que estava fazendo.

Poucos minutos depois, o fazendeiro ouve uma gritaria e vê o policial federal correndo para salvar sua própria vida, perseguido pelo Santa Gertrudes, o maior touro da fazenda!

A cada passo o touro vai chegando mais perto do policial, que parece que será chifrado antes de conseguir alcançar um lugar seguro.

O policial está apavorado ... O fazendeiro larga suas ferramentas, corre para a cerca e grita com todas as forças de seus pulmões:

"Seu crachá, mostra o seu CRACHÁ!"

Fonte: EMail recebido(Renato Barros)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Um Amor Que Passou...

...E, então, tenho pensado em nós dois, em mim, em como os nossos dias podem variar da mais louca alegria à mais profunda tristeza... em como a vida pode ser generosa e mesquinha... e em como reagimos e reagirmos às adversidades. Em como conseguirmos ser fortes em momentos de solidão... em como resgatarmos a coragem de viver.... em como superarmos a perda de um amor que acabou...
A vida, às vezes, mais parece um poço fundo, onde caímos de cabeça e mergulhamos no caos - um turbilhão de imagens, sons, pensamentos, nuvens densas e revoluções interiores. As lembranças criam corpo e nos remetem de volta, numa tristeza infinita, numa saudade profunda, mórbida, atroz, ferina... e nos entregam à vida, agora, pontuada de incertezas. Emergimos, na intenção de resgatar o que sobrou do sonho e, se nada mais restou, consertar o que sobrou de nós mesmos, costurar os retalhos, colar os cacos.
Tantas coisas vividas, sentidas, tantos desejos, tanta esperança!!!.... Tudo jogado ao vento, como se não tivesse acontecido... tudo acabado, sem presente, sem futuro, só com o passado a perpetuar impressões e a desdobrar mais saudades...
Percebe-se, num momento, que não há resgate possível, porque o que se vive fica impresso na alma, nos sonhos, nas lembranças. Depois, com o passar inexorável e irreprimível das horas e dos dias e das semanas, ainda que com a cabeça enterrada na solidão, percebe-se que o sol continua brilhando, o mundo continua o seu movimento, as pessoas vivem, as plantas crescem, as flores desabrocham e, indiferente à sua inércia e à sua dor, tudo continua na mesma rotina de sempre.
Daí, finda a pretensão de ser o centro do universo, nada mais resta que olhar o sol nascer, ainda que esse brilho ofusque a visão, apagar da alma a escrita da última aula e tentar passar a vida a limpo, como se o caderno da sua vida começasse a ser escrito de novo....

Fonte: tempodepoesia

Uma Adolescente Madura

Vestiu-se com a sua roupa mais bonita, completou o conjunto com os brincos e um colarzinho de corais (tão lindo e colorido quanto o seu coração), penteou o cabelo com esmero e gosto, e saiu...
A imagem que refletia era tão interessante, que mais parecia ter voltado ao tempo de criança, com aqueles vestidos rodados, sapatos brancos e meias três quartos, um laço de fita enfeitando o cabelo e o desejo de que todos olhassem como estava bonita...

Era um misto de criança e mulher...
Se existia de dentro para fora uma alegria infantil, a ponto de se sentir graciosa como uma menina no dia do aniversário, de fora para dentro era uma versão mulher - em todos os sentidos que a palavra puder expressar: mulher-anjo, mulher-menina, mulher-sensual, mulher-amada, mulher-feliz...
Vestiu-se para ele, e teve a nítida sensação de que ele podia vê-la... vestiu-se com o amor dele e, isso, ele percebe... vestiu-se dele, e é por isso que essa alegria menina a faz ficar encantadoramente feliz... inexplicavelmente feliz... visceralmente feliz...
Ainda agora, sem pensar em descanso ou comodismo, continua vestida com a sua roupa mais bonita, sem mexer a cabeça - para não desmanchar o cabelo, sem se encostar - para não amarrotar a roupa, como se estivesse esperando a campainha da porta tocar para receber o seu primeiro namorado.

Maria Tereza

segunda-feira, 17 de maio de 2010

MSN

Sempre odiei o que a maioria das pessoas fazem com os seus MSN's.

Não estou falando desta vez dos emoticons insuportáveis que transformaram a leitura em um jogo de decodificação, mas as declarações de amor, saudades, empolgação traduzidas através do nick. O espaço nome' foi criado pela Microsoft para que você digite O NOME que lhe foi dado no batismo.

Assim seus amigos aparecem de forma ordenada e você não tem que ficar clicando em cima dos mesmos pra descobrir que 'Vendo Abadá do Chiclete e Ivete' é na verdade Tiago Carvalho, ou 'Ainda te amo Pedro Henrique' é o MSN de Marcela Cordeiro. Mas a melhor parte da brincadeira é que normalmente o nick diz muito sobre o estado de espírito e perfil da pessoa. Portanto, toda vez que você encontrar um nick desses por aí, pare para analisar que você já saberá tudo sobre a pessoa...

'A-M-I-G-A-S o fim de semana foi perfeito!!!' acabou>> de entrar. Essa com certeza, assim como as amigas piriguetes (perigosas), terminou o namoro e está encalhadona. Uma semana antes estava com o nick 'O fim de semana promete'. Quer mostrar pro ex e pros peguetes (perigosos) que tem vida própria, mas a única coisa que fez no fim de semana foi encher o rabo de Balalaika, Baikal e Velho Barreiro e beijar umas bocas repetidas. O pior é que você conhece o casal e está no meio desse 'tiroteio', já que o ex dela é também conhecido seu, entra com o nick
'Hoje tem mais balada!', tentando impressionar seus amigos e amigas e as novas presas de sua mira, de que sua vida está mais do que movimentada, além de tentar fazer raiva na ex.

'Polly em NY' acabou de entrar. Essa com certeza quer que todos saibam que ela está em uma viagem bacana. Tanto que em breve colocará uma foto da 5ª Avenida no Orkut com a legenda 'Eu em Nova York'. Por que ninguém bota no Orkut foto de uma viagem feita a Praia-Grande - SP ?

'Quando Deus te desenhou ele tava namorando' acabou de entrar. Essa pessoa provavelmente não tem nenhuma criatividade, gosto musical e interesse por cultura. Só ouve o que está na moda e mais tocada nas paradas de sucesso. Normalmente coloca trechos como 'Diga que valeuuu' ou 'O Asa Arreia' na época do carnaval.

'Por que a vida faz isso comigo?' acabou de entrar. Quando essa pessoa entrar bloqueie imediatamente. Está depressiva porque tomou um pé na bunda e irá te chamar pra ficar falando sobre o ex.

' Maria Paula ocupada prá c** ' acabou de entrar. Se está ocupada prá c**, por que entrou cara-pálida? Sempre que vir uma pessoa dessas entrar, puxe papo só pra resenhar; ela não vai resistir à janelinha azul piscando na telinha e vai mandar o trabalho pro espaço. Com certeza.

'Paulão, quero você acima de tudo' acabou de entrar. Se ama compre um apartamento e vá morar com ele. Uma dica: Mulher adora disputar com as amigas. Quanto mais você mostrar que o tal do Paulão é tudo de bom, maiores são as chances de você ter o olho furado pelas sua amigas piriguetes (perigosas).

'Marizinha no banho' acabou de entrar. Essa não consegue mais desgrudar do MSN. Até quando vai beber água troca seu nick para 'Marizinha bebendo água'. Ganhou do pai um laptop pra usar enquanto estiver no banheiro, mas nunca tem coragem de colocar o nick 'Marizinha matriculando o moleque na natação'.

' < . ººº< . ººº< / @ e $ $ ! >> - @>>>ªªª .>ªªª>' acabou de entrar. Essa aí acha que seu nome é o Código da Vinci pronto a ser decodificado. Cuidado ao conversar: ela pode dizer 'q vc eh mtu déixxx, q gosta di vc mtuXXX, ti mandá um bjuXX'.

'Galinha que persegue pato morre afogada' acabou de entrar. Essa ai tomou um zig e está doida pra dar uma coça na piriguete que tá dando em cima do seu ex. Quando está de bem com a vida, costuma usar outros nicks-provérbios de Dalai Lama, Lair de Souza e cia.

'Me pegue pelos cabelos, sinta meu cheiro, me jogue pelo ar, me leve pro seu banheiro...' acabou de entrar. Sempre usa um provérbio, trecho de música ou nick sedutores. Adora usar trechos de funk ou pagode com duplo sentido. Está há 6 meses sem dar um tapa na macaca e está doida prá arrumar alguém pra fazer o serviçinho. 'Danny Bananinha' acabou de entrar. Quer de qualquer jeito emplacar um apelido para si própria, mas todos insistem em lhe chamar de Melecão, sua alcunha de escola. Adora se comparar a celebridades gostosas, botar fotos tiradas por si mesma no espelho com os peitos saindo da blusa rosa. Quer ser famosa. Mas não chegará nem a figurante do Linha Direta.

Bom, é isso, se quiserem escrever alguma mensagem, declaração ou qualquer coisa do tipo, tem o campo certo em opções digitem uma mensagem pessoal para que seus contatos a vejam' ou melhor, fica bem embaixo do campo do nome!! Vamos facilitar!!!!

Arnaldo Jabor

Kremesse

Foi um dia de kremesse.
Depois de rezá três prece
Pra que os santo me ajudasse,
Deus quis que nós se encontrasse
Pra que nós dois se queresse,
Pra que nós dois se gostasse.
Inté os sinos dizia
Na matriz da freguezia
Que embora o tempo corresse,
Que embora o tempo passasse,
Que nós sempre se queresse,
Que nós sempre se gostasse.
Um dia, na feira, eu disse
Com a voz cheia de meiguice
Nos teus ouvido, bem doce:
Rosinha si eu te falasse...
Si eu te beijasse na face...
Tu me dás-se um beijo? - Dou-se.
E toda a vez que nos vemo,
A um só tempo perguntemo
Tu a mim, eu a vancê:
Quando é que nós se casemo,
Nós que tanto se queremo,
Pro que esperamos pro quê?
Vancê não falou comigo
E eu com vancê, pro castigo,
Deixei de falá também,
Mas, no decorrê dos dia,
Vancê mais bem me queria
E eu mais te queria bem.
- Cabôco, vancê não presta,
Vancê tem ruga na testa,
Veneno no coração.
- Rosinha, vancê me xinga,
Morde a surucucutinga,
Mas fica o rasto no chão.
E de uma vez, (bem me lembro!)
Resto de safra... Dezembro...
Os carro afundando o chão.
Veio um home da cidade
E ao curuné Zé Trindade
Foi pedi a sua mão.
Peguei no meu cravinote
Dei quatro ou cinco pinote
Burricido como o quê,
Jurgando, antes não jurgasse,
Que tu de mim não gostasse,
Quando eu só amo a vancê.
Esperei outra kremesse
Que o seu vigário viesse
Pra que nós dois se casasse.
Mas Deus não quis que assim sesse
Pro mais que nós se queresse
Pro mais que nós se gostasse.

Olegário Mariano

Poeta, político e diplomata, nasceu em Recife, PE, em 24 de março de 1889, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de novembro de 1958.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Flash Mobs



Voce já ouviu falar de Flash Mob?

No mundo atual, regido pelas redes sociais da internet, o termo Flash Mob reflete o comportamento de grupos. Mas antes de comentar sobre a nova faceta deste tipo de ação coletiva vamos colocar aqui uma definição encontrada na enciclopédia Wikipédia:

"Flash Mobs são aglomerações instantâneas de pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram. A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de e-mails ou meios de comunicação social."

"O uso do termo flash mob data de aproximadamente 1800, porém não da maneira como o conhecemos hoje. O termo foi usado para descrever um grupo de prisioneiras da Tasmânia baseado no termo flash language para o jargão que estas prisioneiras utilizavam. Ainda nesta época o termo australiano flash mob foi usado para designar um segmento da sociedade, e não um evento, não demonstrando nenhuma outra similaridade com o termo moderno ou os eventos descritos por ele."

Fonte:wikipedia.org/wiki/Flash_mob

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Sabedoria da Grécia Antiga

Tenha isso em mente da próxima vez que você estiver prestes a repetir um rumor.

Na Grécia Antiga (de 469 a 399 A.C.), Sócrates era famoso por sua sabedoria.

Um dia o grande filósofo encontrou um conhecido que veio à sua presença todo excitado, dizendo “Sócrates, que saber o que acabei de escutar sobre um dos seus estudantes?”

“Espere um minuto!” interrompeu Sócrates. “Antes de você me contar, eu gostaria de aplicar um pequeno teste. É um teste de três partes.” O amigo estava curioso, e Sócrates continuou: “Antes de você me contar a respeito do estudante, vamos aplicar primeiramente o teste da Verdade. Você tem certeza absoluta de que o que irá me contar é verdade?”

“Não,” respondeu o homem, “eu apenas acabei de escutar o comentário.”

“Muito bem,” disse Sócrates. “Então você não sabe com certeza se a informação é verdadeira ou não. Então vamos tentar a segunda parte do teste, o teste da Bondade. O que você vai me contar a respeito do estudante é algo bom?”

“Não, muito pelo contrário.” respondeu o homem.

“Então,” Sócrates continuou. “Você quer me contar algo que você não tem certeza de que seja verdade, e sabe que não é algo bom?” O homem já estava visivelmente embaraçado. Sócrates continuou, “Talvez você ainda deva me contar o que seja porque há uma terceira parte do teste, o filtro da Utilidade. Aquilo que você irá me contar tem alguma utilidade para mim?”

“Não, acho que não.”

Concluiu Sócrates: “Então, se o que você iria me contar talvez não seja verdade, não é algo bom, e não é útil para mim, porque contar?”

O homem nada mais disse, e foi embora, envergonhado. Esta é uma das razões que Sócrates foi um grande filósofo e tão respeitado até o dia de hoje.

Fonte: www.miltonmiller.com

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Alvorada Voraz

Na virada do século
Alvorada Voraz
Nos aguardam exércitos
Que nos guardam da paz
Que Paz?...

A face do mal
Um grito de horror
Um fato normal
Um êxtase de dor
E medo de tudo
Medo do nada
Medo da vida
Assim engatilhada...

Fardas e força
Forjam as armações
Farsas e jogos
Armas de fogo
Um corte exposto
Em seu rosto amor...

E Eu!
Nesse mundo assim
Vendo esse filme passar
Assistindo ao fim
Vendo o meu tempo passar

Apocalípticamente
Como um clip de ação
Um clic seco, um revólver
Aponta em meu coração...

O caso Morel
O crime da mala
Coroa-Brastel
O escândalo das jóias
E o contrabando
E um bando de gente
Importante envolvida...

Juram que não
Torturam ninguém
Agem assim
Pro seu próprio bem
Oh!...

São tão legais
Foras da lei
Sabem de tudo
O que eu não sei
Não!...

Nesse mundo assim
Vendo esse filme passar
Assistindo ao fim
Vendo o meu tempo passar

Paulo Ricardo

Eu Tô Tentando

Eu tô tentando largar o cigarro
Eu tô tentando remar meu barco
Eu tô tentando armar um barraco
Eu tô tentando
Não cair no buraco...

Eu tô tentando tirar o atraso
Eu tô tentando te dar um abraço
Eu tô penando
Prá driblar o fracasso
Eu tô brigando
Prá enfrentar o cagaço...

Eu tô tentando ser brasileiro
Eu tô tentando
Saber o que é isso
Eu tô tentando ficar com Deus
Eu tô tentando
Que Ele fique comigo...

Eu tô fincando meus pés no chão
Eu tô tentando ganhar um milhão
Eu tô tentando ter mais culhão
Eu tô treinando prá ser campeão...

Eu tô tentando
Ser feliz (Ser Feliz!)
Eu tô tentando
Te fazer feliz...

Eu tô tentando entrar em forma
Eu tô tentando enganar a morte
Eu tô tentando ser atuante
Eu tô tentando ser boa amante...

Eu tô tentando criar meu filho
Eu tô tentando fazer meu filme
Eu tô chutando prá marcar um gol
Eu tô vivendo de Rock'n Roll...

Jorge Israel/ Paula Toller

Violência Domestica

Torna-se difícil aceitar que este tema seja o pão de cada dia na atualidade; faz parte dos grandes problemas que enfrenta a nossa sociedade e, contrariamente às crenças antigas, esta doença afecta as classes sociais mais altas, com níveis semelhantes à classe social média e baixa.
Esta praga que afecta tanto a nossa sociedade, está baseado no maltrato físico, psicológico e incluso económico no âmbito da vida familiar. As vítimas mais frequentes são as mulheres e as crianças; a percentagem dos homens atacados é bem menor.
A conduta agressiva, geralmente começa com pequenos insultos, logo vêm os empurrões e as pancadas, seguidas de desculpas e arrependimentos, que, na maioria dos casos são falsos, porque estes quadros são repetitivos e a vítima está tão amedrontada que vive num ciclo de violência eterno.
O agressor, geralmente é uma pessoa que é bem vista perante a sociedade, tem uma máscara de bom cidadão e é bem aceito socialmente, todavia, no núcleo familiar é uma pessoa acomplexada, muitas vezes com ingressos económicos menores que os do seu par e se sente inferior por diferentes causas (esclareço, porém, que nem sempre têm este perfil); a vítima igualmente é uma pessoa bem aceite pela sociedade, todavia, é submissa dentro no âmbito familiar e acata as regras ditadas pelo seu agressor, permanece calada perante os maltratos, para manter a unidade familiar; está assim a viver um engano e é necessário abrir-lhe os olhos para que abandone esta situação.
É preciso educar a população mundial, para atenuar este problema. É preciso dizer "NÃO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA", basta de insultos e pancadas; denuncia o teu agressor e leva a vida a que tens direito.

Fonte: Brenda Ortiz

terça-feira, 11 de maio de 2010

Ganhei e Indico Selinho


Ganhei esse selinho da minha amiga bloguista "Fenanda" do blog maravilhoso Caixa de Pandora onde sempre viajo em tudo que ela publica arrasando como sempre em suas postagens, obrigada Nanda pelo carinho.

Como todo Selinho tem REGRAS!

Estas são as regras:

1ª Postar o selinho
2ª Postar as três lembranças mais fofas da sua infância
3ª Indicar seis blogs fofos

Algumas das minhas lembranças mais gostosas da infância.

1) Finais de semana na granja e tomar banho de riacho com meus irmãos;
2) Subir no pé de mangueira da vizinha com minha turminha e comer mangas deliciosas;
3) Brincar de médico e boneca. rsrsrs

Indico os Blogs:
Day bay Day
Canal Direto com o Céu
Frescura sem Censura
Blog da Medéia
Cheiro de coisa nenhuma
Blog da Marli

Aos que não foram citados, me desculpém, mas, para mim todos são excelente infelizmente só posso indicar seis blogs. Teremos outras oportunidades.

Beijos no coração de todos.

Mirtes

O Bebum e as Roseiras

Eram seis horas de uma manhã fria e o sol, suavemente, aparecia no alto do morro do amor, aquecendo algumas casas humildes. Sentado na varanda, desviei o olhar da colina e passei a observar o quintal: o mato ao redor das roseiras e a buganvília com seus galhos compridos e espinhosos, sufocando a jabuticabeira. Fechei os olhos e recostei a cabeça, ouvindo mentalmente a reclamação da mulher, imitando o Boris Casoy:
- Paulo... Chama alguém pra limpar esse quintal! Isso é uma vergonha...
Mas chamar quem, se o último levou o dinheiro adiantado e não retornou... Só depois de muito tempo surgiu todo humilde, com a “cara de bobo”, contando sua internação e, que só não morreu, porque fugiu do hospital.
Pior que conta com tanta convicção que a gente pensa que o hospital é ruim mesmo!
Mas cansado de ser enganado, resolvi eu mesmo limpar o terreno e agradar a esposa. Caminhei até a garagem, peguei a enxada, ancinho, tesoura de podar e fui trabalhar. Claro, sem a disposição de peão: comigo as coisas são lentas, sem estresse, duas podadas e parava... Olhava para o céu e pensava na vida, até que, numa dessas meditações, ouvi meu nome:
- Paulo!
Olhei ao redor e não vi ninguém. Parecia voz do além, alma do outro mundo e sem saber de onde vinha, lembrei o aviso do pastor, na sessão do descarrego:
- Se ouvir seu nome, não responda, pode ser o demônio!
Mas escutei de novo:
- Paulo!
Desta vez me arrepiei e, como bom medroso cinéfilo de terror, falei comigo mesmo:
- Quer saber de uma coisa? Eu vou responder... Se for o "capiroto" que se dane! Faço o sinal da cruz e digo que “tá amarrado”!
Sai pelo quintal olhando os cantos, abrindo os galhos e perguntava:
- Quem é? Quem é? Fiz isso até chegar ao portão e alguém responder:
- Sou eu seu Paulo, o bebuuummm!
Ao ouvir sua voz, abri o portão irritado:
- Po bebum! Não tem o que fazer não?
- Se tivesse seu Paulo... Não vinha aqui pedir biscate...
- Biscate? Que isso... Suicídio, hé? Já ta meio morto... Todo esquelético...
Ele me olhou meio “vesgo”, tipo siri e respondeu:
- Pô seu Paulo... Deixa de sacanagem...
Sacanagem não... Tem que se cuidar! E tem mais: Se passar pelo cemitério, o coveiro manda entrar e aguardar na “cova de espera”!
Ele colocou as mãos nos ouvidos, andou até o poste resmungando e depois voltou:
- Pô seu Paulo... To falando sério e fica de zoação!
De repente tremeu e ficou mais vesgo, seqüela da abstinência. Com pena, resolvi ajudá-lo... Claro, cheio de recomendações:
- Escuta bebum... Vou te dar um minúsculo serviço por dois motivos: primeiro não fez “cara de bobo”... Já tem de nascença! Segundo, não pediu dinheiro adiantado. Mas tem uma coisa: precisa se alimentar... Só cachaça, vira pudim!
Ele entrou, fechei o portão e subimos a rampa, conversando:
- Quero que roce só o capim, sem pressa e muito cuidado com as roseiras... Sabe como é minha mulher... É cheia de coisas com as plantas e nem gosta de você aqui desse jeito... Tem que terminar, antes dela voltar.
E levando-o ao quintal, mostrei-lhe as flores:
- Tá vendo isso aqui? É uma roseira... Presta atenção pra depois dizer que não avisei... Tem várias espalhadas no jardim, entendeu?
- Deixa comigo seu Paulo... Dona Ana vai ficar satisfeita!
Depois dos avisos, sai tranqüilo e fui descansar. Meia hora depois retornei com alguma coisa para ele comer. Mas só deu tempo de colocar a bandeja sobre a mureta e levar as mãos à cabeça: acho que recebeu o caboclo “rompe mato” e simplesmente meteu a foice em tudo. Fez o que dez capinas da multiprof não fariam, mesmo se quisessem...
Diante da tragédia paralisei de boca aberta e o idiota, achando que meu espanto era satisfação, ficou rindo, exibindo as gengivas, alegrinho pelo serviço!
Para piorar, a mulher chegou mais cedo e enquanto fechava o portão, o joguei no chão, tentando camuflá-lo em moita, jogando capim sobre ele, mas ela lá de baixo, desconfiou:
- Quem ta aí Paulo?
- É o bebum, amor... Larguei-o no chão e disfarcei: - Acho que o jogaram pelo muro do vizinho e caiu aqui no quintal, em cima de suas roseiras!
Ele ainda quis desmentir, mas cobri sua boca com a mão e corri, me escondendo no quarto de cima. Com os gritos, espiei pela fresta da janela e o vi fugindo desesperado, ela atrás, riscando o fósforo e jogando em cima dele:
- Pára com isso dona Ana... A senhora quer me incendiar?
E ela possessa, gritava:
- Vem cá seu bebum maluco... Quero minhas roseiras de volta ou vai virar dragãoooo!

walter monteiro

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Apenas uma Garota

Sou apenas uma garota e não seu brinquedinho, posso parecer frágil mas mexa comigo para você se surpreender.
Apenas uma garota sim, e não quer dizer que você vai passar por cima de mim como se eu fosse um quebra molas.
Sim uma garota e aonde eu passar irão se lembrar.
Não vim ao mundo a passeio, sou assim e não vão me mudar.
Sim tenho ódio de algumas coisas, sou um ser humano e isso é normal. Mas a inveja é você que sente dessa garota aqui.
Se essa pequena garota soa futil é porque você não sabe com quem está mexendo!

Nirvaska

domingo, 9 de maio de 2010

Nossa Mãe!

Falarmos dela é muito fácil, pois só teremos elogios e nem uma queixa nestes nossos anos de vida ao seu lado. Então para começar faremos uma breve lista de tudo o que ela fez, do que ela é e quanto representa para nós:

Ela com certeza nós carregou no ventre com a alegria de poder ser mãe;
Ela esperou ansiosamente a nossa chegada cheia de amor e felicidade;
Ela nos amamentou com carinho durante um longo tempo;
Ela nos ajudou a crescer e ser desde criança a sermos pessoas gentis e a respeitar o próximo;
Ela nos incentivou a estudar sempre e que cultura era a única coisa que ninguém nos tiraria;
Ela nos protegeu dos medos da infância e sempre dizia que amanhã era outro dia e quando o sol chegasse, nos variemos que eles não existem;
Ela nos levou à primeira festa quando adolescente;
Ela nos ensinou que nos livros agente viaja para um mundo mágico e que lá tudo é um sonho lindo;
Ela nós disse que a guerra é injusta mais que nos não podemos fazer muito para impedir;
Ela nos ensinou que devemos lutar pelos nossos direitos ;
Ela nos levou para assistirmos o nosso primeiro filme no cinema e nos mostrou este mundo mágico;
Ela nos apoiou e apóia em qualquer decisão;
Ela ficou do nosso lado quando precisamos;
Ela ficou ainda mais feliz ainda quando foi avó e pode segurar os netos nos braços;
Ela nos deu força quando pensamos que o mundo tinha acabado e repetiu a mesma frase de sempre, que o sol traz com ele a verdade da vida e tange a escuridão para sempre!
Ela é a pessoa mais forte que conhecemos;
Ela sabe tirar de cada queda uma lição para continuar vivendo feliz;
Ela nos da a certeza de que somos os filhos mais felizes do mundo!!!

Mamãe nos te amamos e queremos agradecer tudo o que sempre fez por nos e o que nos dar de amor, carinho e compreensão sem que seja preciso pedir. Um lindo dia das mães e seja sempre esta fortaleza em forma de mulher.

Seus Filhos Jacyra, Elaine, Oscar e Mirtes

Texto de Elaine Crespo

sábado, 8 de maio de 2010

Do Coração de Uma Mulher

A bem da verdade, não sou essa mulher fatal que você pensa que eu sou. Aquelas histórias de sedução foram todas inventadas e esse ar superior, de quem sabe lidar com a vida, é apenas autodefesa.

Aquelas frases filosóficas, foram só pra te impressionar, pra te passar essa ilusão de intelectual... na verdade eu ainda nem sei se acredito nos valores que me ensinaram, quanto mais em frases feitas e opiniões formadas!

Senta aí, vai! Deixa eu tirar os sapatos, desmanchar o penteado, retirar a maquiagem... quero te mostrar que assim de perto não sou tão bonita quanto pareço, por isso uso todos esses artifícios. É que no fundo tenho um medo terrível de que você me ache feia, de que você encontre em mim uma série de imperfeições.

Sabe, não quero mais usar essa máscara de mulher inatingível, de mulher forte com punhos de aço... No íntimo me sinto uma pequena ave indefesa, leve demais para enfrentar o vento, e, deseja ficar no aconchego do ninho e ser mimada até adormecer.

Olha pra mim, às vezes minha intimidade não tem brilho algum e você terá que me amar muito para suportar essa minha impotência.

Deixa eu tirar o casaco, tirar o cansaço... essa jornada dupla me deixa tão carente... A convicção de independência afetiva? É tudo balela! Eu queria mesmo era dividir a cama, a mesa, o banho... Queria dividir os sentimentos, os sonhos, as ilusões... um pedaço de torta, uma xícara de café, algum segredo...


Ah, eu tenho andado por aí, tenho sido tantas mulheres que não sou! Quantas vezes me inventei e até me convenci da minha identidade. Administrei minha liberdade. Tomei aviões, tomei whisky... troquei a lâmpada, abri sozinha o zíper do vestido... decidi o meu destino com tanta segurança! Mas não previ que na linha da minha vida estivesse demarcada uma paixão inesperada.

Agora, cá estou eu, trinta e poucos anos e toda atrapalhada, tentando um cruzar de pernas diferente, um olhar mais grave, um molhar de lábios sensual... mas não sei direito o que fazer para agradar.

Confesso que isso me cansa um pouco. Queria mesmo era falar de todos os meus medos, "dos seus medos?" você diria, como se eu nunca tivesse temido nada. Queria te falar das minhas marcas de infância, dos animais que tive, do meu primeiro dia de aula... queria falar dessas coisas mais elementares, e te levar na casa da minha mãe, te mostrar meu álbum de retrato (eu, me equilibrando nos primeiros passos), ah, queria te mostrar minha primeira bicicleta, com truques. Ela ainda existe! Queria te mostrar as árvores que eu plantei (como elas cresceram!) e todas essas coisas que são tão importantes pra mim e tão insignificantes aos outros.

Ah, você queria falar alguma coisa? Está bem! Antes, só mais uma coisinha: estou morrendo de medo que você saia desta cena antes de mim, que você saia à francesa desta história, e eu tenha que recolocar minha máscara e me reinventar, outra vez.

Lucilene Machado

Amar é Uma Decisão..

O sábio recebeu a visita de um homem que dizia já não amar a sua esposa, e que pensava em separar-se.
O sábio ouviu…
Olhou-o nos olhos, disse apenas uma palavra,
e calou-se: Ame-a !

Mas eu já disse: Não sinto nada por ela!!
Ame-a, disse novamente o sábio.
E percebendo o desconforto do homem,
depois de um breve silêncio, o sábio explicou:
Amar é uma decisão, não um sentimento;
amar é dedicação e entrega.

Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor.
O amor é um exercício de Jardinagem:
arranque o que faz mal, prepare o terreno,
semeie, seja paciente, regue e cuide.

Esteja preparado porque haverá pragas,
secas ou excesso de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim.
Ame o seu par, ou seja, aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê-lhe afeto e ternura, admire-o e compreende-o. Isso é tudo. Ame!!!

A inteligência sem amor, faz-te perverso.
A injustiça sem amor, faz-te implacável.
A diplomacia sem amor, faz-te hipócrita.
O êxito sem amor, faz-te arrogante.
A riqueza sem amor, faz-te avaro.

A docilidade sem amor, faz-te servil.
A pobreza sem amor, faz-te orgulhoso.
A beleza sem amor, faz-te ridículo.
A autoridade sem amor, faz-te tirano.
O trabalho sem amor, faz-te escravo.
A simplicidade sem amor, deprecia-te

A oração sem amor, faz-te introvertido.
A lei sem amor, escraviza-te
A política sem amor, deixa-te egoísta.
A fé sem amor, deixa te fanático.
A cruz sem amor converte -se em tortura.
A vida sem amor…não tem sentido.

Padre Jonas Abib

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Cosplay

Pra quem não sabe Cosplay é um costume play que pode traduzir-se por “jogo de disfarces” ou “jogo de fantasias”, onde as pessoas se fantasiam de personagens favoritos. Qualquer personagem de livro ou filme pode virar fantasia, mas a maioria dos cosplays se fantasiam de personagens de desenhos e quadrinhos japoneses.





Fonte: infojovem.com

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Chapeuzinho, quem diria...

Chapeuzinho era chamada de Chapinha vermelha quando finalmente superou o traumático episódio da floresta. Graças aos avanços da tecnologia cosmética, seus cabelos, antes indomáveis e escondidos sob o capuz, balançavam soltos, lisos a vapor. Como toda garota boazinha que se preze, Chapinha adolesceu em graça, formosura e rebeldia - expressa nas pontas vermelhas.

O confronto com o lobo aproximou as famílias de vítima e salvador. Visitavam-se nos aniversários e feriados. A companhia preferida de Chapinha nessas ocasiões era Cássio, o filho mais velho do caçador. Cássio era excelente pessoa: bem educado, bom caráter, gentil. E estava se saindo muito bem na profissão de Caçador de Pipas. Boazinha Chapinha não era – com a história do lobo, havia aprendido a não pôr o chapéu onde a mão não alcança. Mas era boazuda e Cássio caiu de amores.

No pedido de casamento, o rapaz surpreendeu-a com um anel de família, herança do bisavô Fernão, o Caçador de Esmeraldas. Chapéu, cheia de encantos, encantou-se pelo rapaz de maneiras encantadoras. Os primeiros tempos de vida em comum foram encantados. O marido, um encanto que só vendo, não se descuidava nos mimos. É o chapéu que faz o homem, justificava-se, com franqueza encantadora. Os negócios da família prosperaram e ela tornou-se Hatty, presença constante no high society. Formavam um casal de se tirar o chapéu.

Com o tempo, no entanto, Hatty passou a sentir um vazio inexplicável. A vida era tediosamente feliz. Cássio era tão solícito e apaixonado, que dava vontade, como diria a finada vovozinha, de mandar tudo para a Casa do Chapéu.

Na estréia de um show patrocinado pelo marido, Hatty se sentiu irresistivelmente atraída pelo guitarrista com cara de mau. Aquelas manoplas, aqueles olhos tão grandes, aquela voz rouca lhe evocavam lembranças... Procurou se informar: chamava-se Lobão e ninguém podia dizer que era lobo em pele de cordeiro. A dondoca deu um chapéu no marido e aproximou-se do bad wolf. Sentiu-se como Bela Adormecida, despertada por beijos lupinos.

A vida voltava a ter sentido: por Lobão, Hatty perdeu o chapéu e a cabeça. Por causa dos dois, Cássio passou a usar chapéu de touro. O marido foi compreensivo: afinal, um dia é da caça e o outro é do caçador. Propôs esquecer tudo. Quem sabe uma viagem a Minas, para visitar o primo Milton, o Caçador de Mim ou a Alagoas, terra do Fernando, Caçador de Marajás? Hatty fincou pé. Mirou-se em Luma de Oliveira: também queria viver seu amor bandido.

Lobão era polêmico, envolvia-se com drogas, indispunha-se com as gravadoras, denunciava o jabá das emissoras de rádio e TV, sumia de casa por dias, tratava-a mal... As finanças do casal eram mais apertadas do que chapéu novo: para sobreviver, passavam o chapéu entre parentes e conhecidos. Mas quem tem medo do lobo mau? Chapéu (Hatty foi-se com o high society) não tinha. Viveram, aos trancos e barrancos, por quase seis anos.

Um dia a sorte sorriu para Lobão. Ele lançou um CD Acústico aclamado pelo público e virou VJ na MTV. O sucesso e a idade fazem milagres : o músico abrandou o gênio, abandonou as drogas, enquadrou-se ao sistema, ficou atencioso e simpático.

Chapéu agora é feliz... tediosamente feliz... Quase todas as noites, ela sonha com um Caçador de Emoções.
E sente um vazio inexplicável...


(Os bonzinhos e os politicamente corretos que me perdoem o final pouco edificante, mas Chapéus gostam mesmo é de bad boys.)

Maria Paula Alvim

Vampiros

Eu não acredito em gnomos ou duendes, mas vampiros existem. Fique ligado, eles podem estar numa sala de bate-papo virtual, no balcão de um bar, no estacionamento de um shopping. Vampiros e vampiras aproximam-se com uma conversa fiada, pedem seu telefone, ligam no outro dia, convidam para um cinema. Quando você menos espera, está entregando a eles seu rico pescocinho e mais. Este "mais" você vai acabar descobrindo o que é com o tempo.

Vampiros tratam você muito bem, têm muita cultura, presença de espírito e conhecimento da vida. Você fica certo que conheceu uma pessoa especial. Custa a se dar conta de que eles são vampiros, parecem gente. Até que começam a sugar você. Sugam todinho o seu amor, sugam sua confiança, sugam sua tolerância, sugam sua fé, sugam seu tempo, sugam suas ilusões. Vampiros deixam você murchinha, chupam até a última gota. Um belo dia você descobre que nunca recebeu nada em troca, que amou pelos dois, que foi sempre um ombro amigo, que sempre esteve à disposição, e sofreu tão solitariamente que hoje se encontra aí, mais carniça do que carne.

Esta é uma historinha de terror que se repete ano após ano, por séculos. Relações vampirescas: o morcegão surge com uma carinha de fome e cansaço, como se não tivesse dormido a noite toda, e você se oferece para uma conversa, um abraço, uma força. Aí ele se revitaliza e bate as asinhas. Acontece em São Paulo, Manaus, Recife, Florianópolis, em todo lugar, não só na Transilvânia. E ocorre também entre amigos, entre colegas de trabalho, entre familiares, não só nas relações de amor.

Doe sangue para hospitais. Dê seu sangue por um projeto de vida, por um sonho. Mas não doe para aqueles que sempre, sempre, sempre vão lhe pedir mais e lhe retribuir jamais.

Martha Medeiros

Ausência

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz perenizada.

Vinícios de Moraes

sábado, 1 de maio de 2010

Sakura



Japão celebra temporada de flores de cerejeira.

Conhecidas como 'sakura', as flores de cerejeira começam a enfeitar o Japão. No país asiático, elas são associadas ao recomeço, por aparecerem no início das aulas e do ano fiscal, e à assimilação de como a vida é passageira, pelo fato de logo serem arrancadas pelas chuvas da primavera. Neste período, os japoneses realizam festas e eventos para comemorar a aparecimento da flor.

- normalmente florescem apos as ameixeiras (marco - abril), mas depende do clima e da regiao
- sua petalas tem a borda recortada num leve "V"
- o peciolo e longo, portanto as flores ficam " penduradas" nos ramos (lembrem-se do seu fruto, a cereja, que tem um cabinho longo)
- as petalas logo se destacam das flores envelhecidas produzindo uma verdadeira chuva de sakura quando o vento sopra, fenomeno chamado sakura-fubuki (桜吹雪). Os sakuras com petalas dobradas caem dos ramos inteiros junto com seu peciolo.

Fonte: guiadasemana