sábado, 28 de agosto de 2010

Textos Apócrifos (não autênticos)

Arnaldo Jabor recebeu elogios por um texto sobre bunda que circulou como se fosse seu: ficou indignado.

Se você ainda não recebeu na sua caixa de e-mail - o que é apenas uma questão de tempo -, certamente já ouviu de algum amigo comentários sobre aquele texto superinteressante, engraçadíssimo, daqueles que dizem tudo que qualquer mortal gostaria de desabafar: Putz, esse Millôr Fernandes é mesmo um gênio, só ele para escrever sobre palavrões dessa forma, você chega a pensar. Acontece que Millôr nunca escreveu PN sobre o assunto, e ainda fica pê da vida quando alguém comenta ter adorado o texto que exalta a utilidade dos termos de baixo calão na comunicação cotidiana dos simples mortais.

O tal texto intitulado "O direito ao palavrão", que circula pela rede há um tempão, é um apócrifo como tantos outros que ganham credibilidade por levarem a assinatura de nomes importantes da literatura brasileira e mundial. Editora do caderno semanal de informática do jornal O Globo, a jornalista Cora Rónai resolveu lançar luz sobre o assunto e organizou o divertido, mas que não deixa de ser sério, "Caiu na rede", no qual apresenta textos atribuídos a gente como Luis Fernando Verissimo, Arnaldo Jabor, João Ubaldo Ribeiro, Gabriel García Márquez, Caetano Veloso, Carlos Drummond de Andrade e Jorge Luis Borges, entre outros.

O argentino Borges é outra vítima da sanha dos autores desconhecidos com o rodadíssimo Instantes. "Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido; na verdade, bem poucas pessoas me levariam a sério. Seria menos higiênico. Correria mais riscos, viajaria mais...". E por aí vai, com Borges provavelmente se revirando no túmulo.

Contra-ataque - Outro texto famosérrimo é o de Arnaldo Jabor, digo, atribuído a ele, sobre a bunda. "Tenho horror à mulher perfeitinha. Sabe aquele tipo que faz escova toda manhã, tá sempre na moda e é tão sorridente que parece garota propaganda de processo de clareamento dentário? E, só para piorar, tem a bunda dura? Pois então, mulheres assim são um porre. Pior: são brochantes." Revoltado, Jabor pariu a crônica "Eu não escrevi `Bunda dura´", publicada em O Estado de S. Paulo, em 2004, sem disfarçar a indignação.

"Fico louco, porque estou sendo elogiado justamente pelo que não fiz. Toda semana tento ser inteligente, escrevo sobre o Bush, a crise internacional, espremo meus pobres conhecimentos filosóficos ou sociológicos, capricho na língua, tudo para ser chamado de `profundo´ e aí, `Bunda dura´ vem e é meu Prêmio Jabuti, minha medalha", vocifera.

Mais original foi o baiano Ubaldo, vitimado com o texto "Precisa-se de matéria-prima para construir um país", que diz que o problema do Brasil não são seus governantes e, sim, o povo. "Estou lhe mandando o texto abaixo porque está circulando na internet como meu e, antes que você tome um susto ao eventualmente recebê-lo, quero explicar que não tem nada de meu, eu não escreveria esse negócio nunca. Até o detalhe de molhar a mão do guarda é inverídico, porque não tenho carteira e não dirijo mais há uns trinta anos. Mas não posso fazer nada, só posso desmentir a quem me pergunte. E agora você, a quem lhe perguntarem. Abraços chateados de João Ubaldo", encaminhou, para os amigos.

O começo de tudo - O primeiro texto a circular pela internet com autoria trocada foi "Filtro solar", atribuído a Kurt Vonnegut, mas escrito e publicado por Mary Schmich, colunista do jornal Chicago Tribune. O material em questão foi batido à exaustão no Brasil com a voz de Pedro Bial num clipe (criado pelo cineasta australiano Baz Luhrman),com imagens bonitas e música eletrônica ao fundo. Você deve lembrar: "Usem filtro solar. Se eu pudesse lhes dar uma única dica em relação ao futuro, esta dica seria filtro solar...".

Além da tentação quase irresistível de, com um simples clique do mouse, encaminhar o texto para um monte de gente, Cora Rónai aponta outras motivações para o fenômeno de troca ou supressão de autorias. A primeira intenção seria conferir mais impacto ao material - isso explica, por exemplo, a imensa quantidade de falsos Verissimos no Brasil. Quem resiste ao autor mais amado do país?, ela afirma - e, a segunda, a falta de interesse pelo autor do texto. Ao ler a maioria dos apócrifos que circulam pela internet.br, não é difícil perceber que a confusão raras vezes nasce da maldade ou da simples vontade de passar trotes. Em sua vasta maioria, os textos são cômicos ou motivacionais, `lições de vida´ - o que, sem grandes psicologismos, basta para revelar o que está por trás da falsa atribuição ou do `esquecimento´ do nome do autor: a vontade irrefreável de espalhar conselhos e risadas entre o maior número possível de pessoas, aliada à ignorância e a um senso peculiar do que é direito autoral, acredita Rónai.

Livro: Caiu na rede
Autora: Cora Rónai
Fonte: deaviking.multiply.com
Fonte Imagem: catatau.blogsome.com

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Bonsai - 盆栽

Bonsai é uma forma de arte em 4 dimensões, além de suas formas o tempo é o fator mais importante em sua construção e portanto segue apenas os padrões definidos pelo artista que compõe. Imagine se alguém tivesse dito a Picasso que não deveria pintar retratos daquela forma tão distorcida...

O significado literal da palavra é "Árvore em bandeja ". Com certeza você já encontrou por aí definições sobre o que pode e o que não pode ser feito em matéria de Bonsai. Alguns dizem que se deve ter no mínimo 10 anos, antes disso será um pré-bonsai, um Bonsai jovem ou coisa parecida.

Estas árvores cultivadas em vaso, quando bem nutridas e cuidadas procuram sua própria adaptação ao ambiente (vaso) reduzindo dimensões e desenvolvendo ao mesmo tempo suas características de árvore adulta (inclusive flores e frutos). Você pode iniciar um Bonsai de diversas formas, a partir do plantio de sementes, de mudas obtidas através de estacas ou de plantas colhidas na natureza que tem disponíveis ao milhares em fazendas, chácaras e jardins. Experimente dar um passeio debaixo de uma árvore frutífera com tamarindo e jabuticaba e veja quantas sementes germinam e produzem mudas naturais que nunca serão árvores grandes como suas mães se continuarem ali, na sombra sem condições adequadas ao seu crescimento. Recolha uma destas mudas, sem danificar suas raízes, plante em um vaso e leve para casa (nunca a deixe dentro de casa. As árvores não gostam de ambientes fechados. Se você quer uma planta dentro de casa, prefira as de plástico). As espécies citadas dão lindos Bonsai.

Fonte: elainecrespo.blogspot.com

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Um Pálido Ponto Azul

É um texto que faz a gente pensar:

A espaçonave estava bem longe de casa.
De saturno, a Terra apareceria muito pequena para a Voyager apanhar qualquer detalhe, nosso planeta seria apenas um ponto de luz, um "pixel" solitário, dificilmente distinguível de muitos outros pontos de luz que a Voyager avistaria:
Já havia sido dito por cientistas e filósofos da antiguidade que a Terra era um mero ponto de luz em um vasto cosmos circundante, mas ninguém jamais a tinha visto assim.

Então, aí está - um mosaico quadriculado estendido em um fundo pontilhado de estrelas distantes. Por causa do reflexo da luz do sol na espaçonave, a Terra parece estar apoiada em um raio de sol.

Não há nenhum sinal de humanos nessa foto. Nem das construções sobre a superfície da Terra... nem nossas máquinas... nem nós mesmos...

Nós somos muito pequenos na escala dos mundos... humanos são irrelevantes, uma fina película de vida num obscuro e solitário torrão de rocha e metal...

Mas aqui é nosso lar.
É aqui que estão todos que amamos...
Todo ser humano que já existiu....

A totalidade de nossas alegrias e sofrimentos, as religiões, ideologias e doutrinas econômicas, cada caçador e saqueador, cada herói e covarde, cada casal apaixonado, cada mãe e pai, crianças, educadores... cada "superstar", cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu ali, em um grão de poeira suspenso em um raio de sol.

A Terra é um palco muito pequeno em uma imensa arena cósmica.
Pense nas infindáveis crueldades...
Nas tragédias...
No ódio...
Pense nos rios de sangue derramados por imperadores que, em busca de triunfo, pudessem se tornar os mestres momentâneos de uma fração de um ponto.

Nossas ilusões de que temos uma posição privilegiada no Universo, é desafiada por esse pálido ponto de luz.

Nosso planeta é um espécime solitário na grande e envolvente escuridão cósmica.

Na nossa obscuridade, em toda essa vastidão, não há nenhum indício que ajuda possa vir de outro lugar para nos salvar de nos mesmos.
A Terra é o único mundo conhecido até agora que sustenta vida.
Por isso talvez não haja melhor demonstração que essa imagem distante do nosso pequeno mundo para lembrar:
A responsabilidade de tratarmos melhor uns aos outros e de preservar e amar o único lar que nós conhecemos... esse pálido ponto azul!

Carl Segan (astrônomo americano)

Fonte Imagem: nossoquintal.org

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Olé! Um passo para o fim das touradas...

ABAIXO AS TOURADAS! ! !

A tourada é uma violência, uma crueldade para o animal, que é obrigado a entrar numa arena e enfrentar sem armas ataques covardes de homens brutos. Defendemos veementemente o fim das touradas. Não há dúvidas de que a tourada seja uma tradição cruel e incompatível com os tempos de hoje. Mas há toda uma questão política por trás disso. E muita hipocrisia.

O Parlamento da Catalunha decidiu, proibir as touradas, transformando a província na primeira região da Espanha continental a banir a prática.

A votação foi resultado de um documento levado ao Parlamento com a assinatura de 180 mil pessoas que diziam que a prática é bárbara e antiquada.

Arte?

As pessoas tem que se conciêntizar que essa crueldade com os animais não pode ser vista como cultura e sim como barbirie a ser abolida de vez.

Aqueles que são favoráveis às touradas insistem que as corridas, como são chamadas na Espanha, são uma tradição importante que deve ser preservada.

Grupos pró-touradas temem que a proibição possa inspirar uma onda de campanhas semelhantes no resto da Espanha.

Eles dizem que as touradas são uma forma de arte e que a medida ameaça o meio de vida de milhares de pessoas.

Aqueles a favor da interdição esperam que a moda pegue. A Catalunha foi a segunda região autônoma da Espanha a banir as touradas (o arquipélago das Canárias fizera o mesmo em 1991), já que em número de corridas a Catalunha não chega a ser representativa (no ano passado foram realizadas 18 touradas em Barcelona, contra 343 em Madri). E rezam para que ela se estenda também a outros esportes que implicam maus tratos a animais, suspensas pela mesma decisão. É o caso, por exemplo, dos “corretoros”, que consiste em cercar um touro ou um novilho e provocar nele feridas de natureza e gravidade variadas, mas que não levem à sua morte.

A proibição começa a ter efeito em janeiro de 2012.

Fontes: Compilação em várias edições
Fonte Imagem: fotos.limao.com.br