quarta-feira, 30 de junho de 2010

Mulheres Girafas

Só no pescoço as mulheres girafas chegam a carregar mais de 10 quilos de aros e junto com os anéis dos braços e tornozelos, o peso pode superar os 20 quilos.

Ao contrário da imaginação, criada pelo folclore, a cabeça dessas mulheres não cai quando os colares são retirados, tanto que elas costumam tirar o colar para se lavar; o pescoço continua rijo e pode quebrar-se se for virado subitamente.

Segundo estudiosos da Universidade de Chiang Mai, na Tailândia, não é o pescoço que cresce, mas os ombros que descem – a clavícula vai cedendo com o peso dos aros. Dessa maneira, quatro vértebras torácicas passam a integrar a estrutura do pescoço.

Detalhe: elas são chamadas de mulheres-girafas não só pelo tamanho do pescoço, mas também pelo andar característico, extremamente altivo, provocado pelo uso e pelo peso do colar.

De origem Africana, ainda que em menor número hoje em dia, a explicação desse hábito na Ásia tem várias interpretações lendárias:

1 - O colar espantaria forças sobrenaturais para as quais os birmaneses animistas (que cultuam a natureza) e até mesmo budistas constroem altares embaixo de grandes árvores;

2 - O colar teria sido uma punição para as mulheres adúlteras de antigamente;

3 - Os homens teriam feito isso com suas mulheres para torná-las feias, evitando que fossem raptadas ou, ao contrário, ornamentavam-nas dessa maneira para mostrar sua riqueza e se fazer respeitar;

4 - Uma proteção para as camponesas contra os tigres que as atacavam na garganta para beber seu sangue quando trabalhavam nos campos;

Segundo elas usar argolas no pescoço é uma maneira de chamar atenção dos homens tailandeses, pois quanto mais argolas tiverem no pescoço, mais sensuais ficarão...

Fonte: /www.iplay.com.br

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Quase...

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu. "

Sarah Westphal

domingo, 27 de junho de 2010

Desigualdade

Cada um de nós tem contribuído para que as desigualdades no mundo se agravem. Quando os países mais ricos não contribuem para o desenvolvimento dos mais pobres;

- Quando adquirimos qualquer objecto olhando apenas aos preços e sem nos preocuparmos com questões como, "por quem foi feito, "aonde foi feito", "como foi feito".

- Grandes marcas que são símbolos de status, na nossa sociedade são efectivamente produzidas em países de mão-de-obra barata e até grande parte das vezes, mão-de-obra infantil permitida pela extrema carência da sobrevivência de que se aproveitam as multinacionais ocidentais e nós mesmos. Tudo pelo egoísmo, a ganância de grandes margens comerciais e a nossa vivência das aparências.

São atitudes destas que levam a que em muitas zonas do mundo as condições de sobrevivência sejam dramáticas e a exploração do homem pelo homem uma realidade e despoletam o racismo, o ódio e a discriminação.

O racismo e outras formas de discriminação resultam de todos estes precedentes. são consequências de uma sociedade que está doente, imersa num profundo egoísmo, mergulhada na superficialidade, na aparência e na futilidade.

Podemos mudar muita coisa, e a mudança terá de começar por nós próprios, na forma como nos assumimos e respeitamos os nossos semelhantes. Um mundo melhor e mais justo, depende de cada um e começa mesmo por mim.

Texto de Victor Simões.

Fonte: http://pralemdafachada.blogspot.com

sábado, 26 de junho de 2010

Violência Contra Animais... (Triste realidade)

Mais uma dessas pessoas humildes e trabalhadoras, mais uma história de opressão. Sandra, nome fictício, pessoa real. Doméstica, honesta, corajosa. Uma mulher que cria os filhos sozinha, sem nem ao menos fazer uso do direito da pensão alimentícia. Moradora de bairro pobre, longínquo, escuro à noite.

Sandra há pouco tempo havia atendido ao pedido dos filhos que consistia em terem um gatinho de estimação. Conseguiu um filhote de uma conhecida. As crianças ficaram encantadas. O bichinho foi batizado, recebeu casa comida e amor.

Contudo, há poucos dias, a família de Sandra teve que enfrentar o horror de encontrar seu mascote retalhado, num corte limpo, de ponta a ponta, se arrastando para casa, mais morto que vivo. Certamente a violência foi dupla.

Fazer mal a um animal é crime. Atingir crianças por meio de um crime contra um animal também é. Não há argumento que possa eximir da culpa (e da maldade) a pessoa que deliberadamente fere um animal inofensivo. Se fosse possível agrupar as mentes criminosas, quão distantes ficariam aquelas que torturam um bicho daquelas que torturam crianças?

Entretanto, há mais uma questão indignante neste fato. Muitas vezes é óbvia a identidade do agressor, não há necessidade de se morar no bairro de Sandra para saber disso, entretanto, só quem mora no bairro dela sabe que é uma impossibilidade se revoltar contra tal crime. Ela mesma não tem ilusões em relação a isso. Por lá, melhor engolir o choro e a indignação quando esfaqueiam seu bicho de estimação. Não há segurança nem mesmo para se exigir um direito ou defender a ética humana, a não ser, é claro, que se queira colocar a própria vida em risco.

Injusto é um país onde todos se acomodam e esperam pelo julgamento das leis. Porque dessa forma o que se combate são apenas os casos sem volta, o crime de facto; quando o que deveria ser combatido é a derrocada do humanismo, o desrespeito à vida. Infelizmente, o individualismo está alimentando o medo e a covardia de muitos, tornando nossa sociedade um território de silêncios oprimidos e violência livre.

Por Maricy Ferrazzo

"Chegará o dia em que os homens conhecerão o intimo dos animais, e nesse dia um crime contra um animal será um crime contra a humanidade" (Leonardo Da Vinci)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

BALZAQUINA, EU? MAS O QUE É ISSO?

“Há quem empregue a palavra balzaquiana de forma pejorativa e até negativa. Mas, na realidade, é com 30 anos que as mulheres chegam ao seu ápice: mais maduras, realistas e vividas, elas esbanjam sensualidade e realização.”

Muitos já ouviram ou usaram o termo "balzaquiana" para designar um certo tipo de mulher.

Mas você sabe o que este termo quer dizer, quem o criou e por quê?

O termo foi criadao pelo escritor francês Honoré de Balzac que viveu na primeira metade do século XIX (1799-1850) autor do memorável e eterna obra "Ä Mulher de Trinta Anos".

Zulma Carraud (sua amiga) escreveu as seguintes linhas: "Você tem uma inteligência do coração das mulheres que nunca foi dada a nenhum outro homem... nunca um homem conseguiu entrar mais fundo na existência delas...".

Balzac definia a beleza feminina da seguinte forma:

‘‘A fisionomia das mulheres só começa a ter significação aos 30 anos. Até essa idade, em seu rosto, os pintores só encontram o rosa e o branco, sorrisos e expressões que repetem o mesmo pensamento, pensamento da juventude e de amor, pensamento uniforme e sem profundeza’’.

"As mulheres de 30 podem ser garotas, aos 40 podem oferecer aos olhares do mundo um corpo em plena forma, a vitalidade sexual explodindo, a carreira florescendo".

Balzac é um dos primeiros a focalizar o drama da incompatibilidade de casais. Prestou um serviço imenso às mulheres, ao duplicar para elas a idade do amor. Antes dele, todas as namoradas de romance tinham vinte anos. Ele prolongou até os trinta, quarenta anos, sua vida ativa, idade que considerava o ápice da vida amorosa da mulher.

Por isso, que para quem já chegou nesta fase, deve se sentir uma privilegiada e aproveitar ao máximo essa plenitude de maturidade, e para quem ainda não chegou lá, calma, viva com alegria cada fase da vida, mas, tenha certeza que ser "MULHER" na concepção exata da palavra, só começa a partir dos 30 anos.

UMA DE SUAS FRASES:

É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a vida, quanto dizer que um violinista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música
(HONORÉ DE BALZAC)

Fontes: pm-editores.com.br / atitudefm.com.br

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Discurso de Formatura

Dizem que conselho só se dá a quem pede. E, se vocês me convidaram para paraninfo, estou tentado a acreditar que tenho sua licença para dar alguns. Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos a quem quer que seja, aqui vão alguns, que julgo valiosos.
.....Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo o coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência.
.....Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser nem um grande bandido, nem um grande canalha. Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro. E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. E tudo que fica pronto na vida foi antes construído na alma.
.....A propósito disso, lembro-me de uma passagem extraordinária que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo". E ela responde: "Eu também não, filho".
.....Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.
.....Meu segundo conselho: pense no seu país. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal, é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo.
.....O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres vivem como bichos e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega a viver como homem. Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguassu.
.....Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: "Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito". É exatamente isso que está escrito na carta de Laudicéia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É preferível o erro à omissão; o fracasso, ao tédio; o escândalo, ao vazio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso.
.....Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso. Colabore com seu biógrafo: faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.
.....Tenho consciência que cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma evolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro. Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, caminhando sempre com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra.
.....Não use Rider: não dê férias a seus pés.
.....Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: "Eu não disse? Eu sabia!"
.....Toda família tem um tio batalhador e bem de vida que, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo o que faria, se fizesse alguma coisa.
.....Chega dos poetas não publicados. Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta à noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar. Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. .....Das 8 às 12, das 12 às 8, e mais, se for preciso. Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios.
.....O Brasil, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito que aprender com aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas que trabalham de sol a sol construíram, em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta, enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do trabalho.
.....Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas; mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão.
.....E isso se chama "sucesso".

(Nizan Guanaes)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Pinceladas em Tatuagens

Aos amantes das tatuagens, aqui vai uma novidade nas artes das Tattoo ...
Mirtes

A tatuadora Amanda Wachob deixou os desenhos tribais para trás e levou à tatuagem traços típicos da pintura. Do seu ateliê em Nova York saem braços decorados com pinceladas abstratas e desenhos coloridos como aquarelas. A técnica ela não revela, mas a inspiração está claramente no trabalho que faz sobre as telas.

As obras dividem espaço com fotos de tatuagens no seu portifólio. Amanda usa óleo para pintar e imita o desenho dos pincéis na pele de seus clientes. Desde que começou a tatuar, há 12 anos, diz querer “borrar a barreira entre a arte clássica e a body art”.

Pingos de tinta são imitados à perfeição nos corpos em que trabalha, ao lado de propositais falhas da cor e marcas de cerdas fictícias. Alguns desenhos lembram obras de caligrafia japonesa, nos quais o movimento do pincel fica evidente no traçado da tinta. Em outros, a intensidade da cor vai se perdendo até dar lugar à tonalidade da pele, numa espécie de aquarela dérmica.

Os horários para uma tatuagem com Amanda são disputados no estúdio Dare Devil Tattoo, no Lower East Side de Nova York. Se estiver planejando as duas coisas, uma viagem à cidade e uma nova tatuagem, você pode mandar um email para amandawachob@hotmail.com e explicar o que espera do trabalho. A equipe retorna quando a agenda estiver liberada.

Fonte: revistamarieclaire

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Amizade Colorida…

Criada em uma época onde o fantasma da AIDS não existia e o amor livre ainda era um estilo de vida interessante para alguns....Eu fui orientada onde o amor deveria estar presente num relacionamento duradouro e intenso, tô encalhada até hoje rsrs, passaram pessoas em minha vida que marcaram e continuam meus amigos (não coloridos) mas amigos de verdade e isso me basta. Hoje em dia o termo mudou "Ficante" ficar conciente de que o perigo pode estar lá na frente ou não, é só arriscar.Lembrei desse termo que era muito usado em um período da minha vida e resolvi postar.

Mirtes

Amizade colorida é a que inclui “intimidades” que não temos com um amigo normal. É uma grande invenção dos tempos modernos para saciar a vontade de quem está só, enquanto o grande amor não vem.

Apesar de haver uma amizade entre essas pessoas, corre-se o risco de uma delas ou as duas, envolver além do que foi determinado, o que pode ocasionar no término da relação ou fazer com que essa acabe aos poucos.

O fato da mulher se apegar ao amigo pode ser explicado pela confiança depositada no mesmo, acreditando que não será traída, uma vez que o amigo é bastante conhecido.

Depois de alguma pesquisa e conversa cheguei à conclusão que amizade colorida inclui alguma paixão, bastante quimica, e muito desejo carnal por alguem por quem sentimos carinho e cuja companhia é agradavel.

As vantagens: trocar uns beijos, uns apalpões e até pode haver sexo, sem qualquer tipo de cobrança.
Compromisso: apenas o comum acordo.

No meu ponto de vista é um “quase namoro”, onde obrigações ou cobranças do tipo: onde foste? Com quem? que horas chegaste? e por ai… não existem. Onde não é preciso ficar lembrando de datas e comprar presentes, ou ligar e “bajular”.

No entanto existem algumas regras a cumprir:
1ª uma conversa aberta sobre o antes, o durante e o depois. Afinal para além do “colorida” existe a “amizade”, certo?!
2ª ter plena consciência dos actos.
3ªa tendência é só melhorar :-)

Começa a complicar quando uma das partes se começa a envolver, por isso é preciso ficar atento à evolução das situações, e se necessário por um ponto final para que ninguem se magoe. Afinal a sinceridade é a base de todas as relações.

Fontes: pensamentossoltos.wordpress.com / brasilescola.com
Fonte Imagem: www.atelier-hinz.com (Lucia Hinz)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sumi

Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência.

Martha Medeiros

quarta-feira, 16 de junho de 2010

ENCHENDO A CAVEIRA

Totalmente absorvido pelo início das obras do Fim do Mundo 2012, a Morte tem atrasado os seus compromissos. Inclusive teve que desligar o celular para evitar ligações constantes de Mussum cobrando o Enchendo a Caveira desta semana. Quando ficou claro que a caveira que o Mussum queria era encher era a DELE mesmo, Morte relaxou e achou tempo para responder as perguntas de vocês. Muitas delas, claro, sobre 2012. Enviem perguntas pelo Twitter @realmorte ou para o email realmorte@gmail.com.



1 – Tá com preguiça de levar o José Alencar ou é incompetência mesmo? @alexkunze

Gente, calma. Os preparativos pra 2012 vão me fazer atrasar a ida de uma meia dúzia. Eu sou um só! Agradeço a compreensão.

2 – Teve um vózinha aqui no trampo hoje que disse estar com medo de 2012… vc não tem dó dessas velhinhas?! @tatiepedalo

Tenho. Por isso diga para essa vózinha relaxar porque ela NÃO VAI ver 2012.

3 – Está havendo muito pressão sobre 2012 não é mesmo? Não seria melhor arquivar o projeto até 2112? @DrykaCandyDF

Tá doida, mulher? Já mandei confeccionar 500 camisetas com a logomarca “2012” para o pessoal do camarote no Everest. Até adiaria se houvesse um bom motivo, mas não posso perder esse material. Já foi.

4 - @RealMORTE 2012 será o seu último e mais cansativo trabalho, né?@roberto221133

Na verdade tenho só mais um planetinha pra dar cabo em Andrômeda. Mas é coisa rápida, três palito. Depois tô livre pra tomar um chopp com o Criador e o Mussum.

5 – Morte explica isso: “Praga da Dança de 1518”: numerosas pessoas dançaram por dias em Estrasburgo até caírem mortas! @robelisario

A explicação é simples: eu achei que aquilo fosse uma MICARETA e acabei com ela antes que a moda pegasse. Se eu não tivesse tomado tanto esporro do Criador na primeira, eu faria isso com TODAS!

6 – Aliás, o que deu errado com a Hebe Camargo?@Trocadilllo

Não gosto de mexer com quem tem contrato longo com o Silvio Santos. Quando atendo o telefone e ouço um “Ma…oeeee!” me dá até bolha. Só levo em último caso.

7 – Afinal, você trabalha pra quem? @OCriador ou @DiaboLucifer? @katyrs

É o seguinte: pra Deus eu trabalho por contrato, para o Diabo eu faço free-lancer. O primeiro paga bem, mas há pouquíssimas encomendas para o céu. Tenho que fazer um bico por fora pra me garantir. Aí entra o Diabo, que é um mão-de-vaca, mas como o volume de serviço para o inferno é MUITO ALTO, então acabo até tirando mais por lá. No final sai elas por elas.

8 – Matar por legítima defesa é pecado? @MortadelaMofada

Não sei se é pecado, só sei que é um SACO. Eu odeio quando fulano parte pra matar sicrano e tem uma reviravolta no meio da briga: o sicrano é que mata o fulano. Ferra todo o meu esquema, tenho que mudar toda a papelada de transferência de uma hora pra outra. É chato. Por isso que eu digo sempre: não reajam. Relaxem e morram. É tão mais fácil…

9 – @RealMORTE Já passou pela sua cabeça abrir uma franquia?@bruxinhabeth

Já tive uma franquia, mas não deu certo. Abri três lojas chamada DEATH’S EXPRESS: uma no Barra Shopping, no Rio, outra no Shopping Center Norte em São Paulo, e uma no Caraguá Praia Shopping em Caraguatatuba. A gente oferecia mortes-express na loja ou por encomenda. Garantíamos serviços de aviso à família, traslado de corpo, possuíamos mais de 500 modelos de bilhetes de suicídio, assassinos de aluguel 24 horas, acidentes à la carte, um puta negócio. Gastei os tubos em comercial de rádio e TV. Cheguei a ter um serviço a domicílio feito por motoboys: eles iam até os clientes com umas motos negras com farol em forma de foice, super-charmoso. Eles pegavam as almas em casa, sem dor de cabeça pro cliente. Mas não foi pra frente. Descobri que a maioria de vocês ainda tem apreço pela vida e fechei em três tempos. Perdi tudo o que eu tinha na poupança nessa merda, nem gosto de lembrar. Até hoje tá voltando cheque meu dessa época.

10 - Ando sentindo umas fisgadas no peito e falta de ar ao respirar. Me faça um favor? Vá cantar em outra freguesia! @prisvares

Ok, deixa eu só pegar o violão… ♫ Safena é coisa pra se guardar ♪ No lado esquerdo do peito ♫ Perto do coração…♪

Fonte: diariodafoice.wordpress.com

Balada Para Um Louco

Num dia desses ou, numa noite dessas
você sai pela sua rua ou, pela sua cidade ou,
ou, sei lá, pela sua vida, quando de repente,
por detrás de uma árvore, apareço eu!!!

Mescla rara de penúltimo mendigo
e primeiro astronauta a pôr os pés em vênus.
Meia melancia na cabeça, uma grossa meia sola em cada pé,
as flôres da camisa desenhadas na própria pele
e uma bandeirinha de táxi livre em cada mão.

Ah! ah! ah! Você ri... você ri porquê só agora você me viu.
Mas eu flerto com os manequins,
o semáforo da esquina me abre três luzes celestes.
E as rosas da florista estão apaixonadas por mim, juro,
vem, vem, vamos passear. E assim meio dançando, quase voando eu
te ofereço uma bandeirinha e te digo:

Já sei que já não sou, passei, passou.
A lua nos espera nessa rua é só tentar.
E um coro de astronautas, de anjos e crianças
bailando ao meu redor, te chama:
vem voar.

Já sei que já não sou, passei, passou.
Eu venho das calçadas que o tempo não guardou.
E vendo-te tão triste, te pergunto: O que te falta?
...talvez chegar ao sol, pois eu te levarei.

Louco, louco, louco! Foi o que me disseram
quando disse que te amei.
Mas naveguei as águas puras dos teus olhos
e com versos tão antigos, eu quebrei teu coração.

Louco, louco, louco, louco, louco! Como um acróbata demente saltarei
dentro do abismo do teu beijo até sentir
que enlouqueçi teu coração, e de tão livre, chorarei.

Vem voar comigo querida minha,
entra na minha ilusão super-esporte,
vamos correr pelos telhados com uma andorinha no motor.
Ah! Ah! Ah!
Do Vietnã nos aplaudem: Viva! viva os loucos que inventaram o amor!
E um anjo, o soldado e uma criança repetem a ciranda
que eu já esqueci...
Vem, eu te ofereço a multidão, rostos brilhando, sorrisos brincando.
Que sou eu? sei lá, um... um tonto, um santo, ou um canto a meia voz.

Já sei que já não sou, nem sei quem sou.
Abraça essa ternura de louco que há em mim.
Derrete com teu beijo a pena de viver.
Angústias, nunca mais!!! Voar, enfim, voaaaarrr!!!

Ama-me como eu sou, passei, passou.
Sepulta os teus amores vamos fugir, buscar,
numa corrida louca o instante que passou,
em busca do que foi, voar, enfim, voaaaarrr!!!

Viva! viva os loucos!!! Viva! viva os loucos que inventaram o amor!
Viva! viva! viva!

Astor Piazzolla / Horácio Ferres

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Garoto de programa

LEIA ATÉ O FINAL. O prazer oferecido supera o de uma simples transa.

Falo três idiomas diferentes e isso não afeta minha capacidade em entender gestos, estes que correspondem a maior parte de nossa comunicação. Sou alto no comprimento e nas metas que busco. Tenho 84kg mas minha alma é bem leve, o que contradiz com meu corpo grande, reflexo de musculação e treinos de muay thay.

Tenho 23 anos mas vc nunca adivinhará minha idade, pois ajo como criança ao encarar uma vida que insiste em nos tirar do faz-de-conta mas trato com seriedade aquilo que se exige. Brincar com alguém é a única pirralhice que não me permito, do resto, vale tudo por um sorriso.
Tenho braços fortes, cabeça feita e pés no chão, mas não permito que o raciocínio e a lógica tomem conta do meu lado infantil, este que se manifesta nas mais diversas situações.
Sou formado em administração, mas não costumo levar meu cotidiano pra dentro do quarto. Meus conhecimentos em matemática , psicologia e direito ficam atrás da porta, junto com meus pudores e algumas de minhas idéias antiquadas.

Minha postura quanto ao sexo é subjetiva, porém, criativa, assim como meu eterno costume de marcar aquelas que passaram pela minha cama. Prometo ser íntegro, mas não posso prometer ser sempre o mesmo.
Não atendo clientes que sofram de carência crônica, baixa auto-estima e principalmente os arrogantes. Sou tolerante a muitos defeitos, assim como espero tolerância dos meus, mas estes em especial impossibilitam meu tesão em alguém.

Não costumo cobrar por hora mas sim por noite, por dia, por finais de semana, e pelo tempo que costumo gastar pensando nas formas de surpreender. Não existe valor média para cobrança de meus serviços, não uso unidade monetária pra definir meu valor.
As formas de pagamento são acertadas conforme o desejo do cliente, mas particularmente não busco pagamento a vista. Procuro deixar o cliente em débito, afim de sempre surgir uma nova possibilidade de encontro, mesmo que seja apenas para pagamentos de encontros anteriores.

Deixo meu telefone para contato e não respondo a e-mails. O mínimo de humanismo que exijo é a voz, uma vez que a escrita é planejada, dotada de pensamento e capacidade de esconder os defeitos, os gaguejos e os vacilos que nos tornam humanos.
Guilherme – (51) XXXX XXXX

Autoria de Luis Dutra

Aelita André

Aelita Andre tornou-se famosa ano passado, quando sua mãe enviou para o Street Gallery de Melbourne, segunda melhor galeria de arte australiana, as obras da menina. Mark Jamieson, diretor do lugar, adorou o trabalho de Aelita e o incluiu em uma mostra juntamente com outras artitas, inclusive a mãe de Aelita. Até aí, tudo bem. A grande novidade dessa história é que…

Aelita tem hoje três anos, não, você não leu errado, apenas três anos de idade!


Fonte: ilhadesconhecida.files.wordpress.com

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Perfumes

Já falei do perfume do jasmim? Já falei do cheiro do mar. A terra é perfumada. E eu me perfumo para intensificar o que sou. Por isso não posso usar perfumes que me contrariem. Perfumar-se é uma sabedoria instintiva. E como toda arte, exige algum conhecimento de si própria. Uso um perfume cujo nome não digo: é meu, sou eu. Duas amigas já me perguntaram o nome, eu disse, elas compraram. E deram-me de volta: simplesmente não eram delas. Não digo o nome também por segredo: é bom perfumar-se em segredo.

Clarice Lispector

terça-feira, 8 de junho de 2010

Um Lar para Voltar

Você já se deu conta da importância do seu lar?

Não nos referimos ao valor financeiro da sua casa, mas da importância do aconchego do lar.

Na correria do nosso dia-a-dia, muitos de nós não pensamos no que significa ter um lar para voltar ao final de um dia de trabalhos intensos e cansativos.

No entanto, o lar é a base segura de todos aqueles que possuem esse grande tesouro.

Existem pessoas que lutaram com dificuldades, passaram por necessidades de toda ordem, mas conseguiram êxito graças ao carinho e à dignidade dos pais que ofereceram suporte para vencer os obstáculos.

Por essa razão, o lar é indispensável como base para uma carreira de sucesso.

Não importa o tamanho da construção nem o material de que é feito, mas importa que seja um verdadeiro abrigo de amor, afeto e amizade.

Pode ser uma mansão ou um casebre...

Um bangalô, ou um barraco singelo...

Pode faltar o pão, mas não deve faltar o abraço de ternura de uma mãe dedicada...

Pode faltar uma cama confortável, mas não deve faltar os braços fortes de um pai que ampara e orienta...

Pode faltar o luxo, mas não deve faltar o toque delicado de uma mãe caprichosa.

Pode faltar muita coisa, mas não pode faltar o diálogo amigo que estreita os laços e se faz ponte de entendimento em todas as situações.

A casa pode ser frágil e não oferecer resistência contra a chuva fria, mas o lar deve ser bastante resistente para suportar as investidas de todos os tipos de vícios.

A construção pode balançar com rajadas de ventos fortes, mas o lar deve se manter firme mesmo diante das investidas mais ásperas da indignidade e da desonra.

Se você nunca havia pensado nisso, pense agora.

Quando chega no fim de um dia cansativo, desgastante, e você, vencido pelo cansaço, avistar seu lar de portas abertas e uma pessoa que você ama de braços abertos para dizer:

- Olá! Como foi seu dia?

Você perceberá como é importante poder voltar para casa.

Com chuva ou com sol, lá está o nosso lar para nos acolher e nos dar abrigo.

Por essa razão, valorizemos esse refúgio seguro no qual passamos a maior parte de nossas vidas, valorizando também aqueles que compartilham conosco desse pequeno clube e fazendo com que ele possa ser um verdadeiro porto seguro.

Autor desconhecido

Dando as regras

“Eu quero um namorado, não um dono.” Uma grande amiga me disse apenas isso como justificativa para o fim do seu namoro de seis meses.
Se doeu, feriu, deu raiva ou alívio, ela não detalhou, mas foi o suficiente pra que eu entendesse que sua liberdade é a maior prioridade num namoro.
Liberdade é um assunto que quando cogitados na atmosfera romântica, se distorce e vira outra coisa, soa como promiscuidade.
Tirar um domingo pra caminhar sozinha é motivo de desconfiança. Sair apenas com as amigas é crime sem direito a fiança. Ao menor sinal, radares com sérios problemas de miopia apontam em sua direção e antes que você chame um advogado ou testemunha, já está sentenciada e cumprindo pena. Não é à toa que muita gente compara relacionamento com prisão. Neste caso, a asfixia é a mesma.
O conceito é este: juntos, quer dizer, fundidos. As opiniões individuais caem fora, e nesta hora um dos dois tem que se anular, adaptar-se às opiniões do outro. Nesse estágio, as vontades não são mais distintas e não compreende mais as duas partes. “Nós” é singular.
A fórmula não costuma variar muito, levam a dois finais mais que previsíveis: Em um deles. a mocinha perde amigos, opinião, liberdade e independência. Ganha um namorado, mas isto não quer dizer que ela tem companhia. Então ela se lamenta e até pensa em acabar, mas lhe falta coragem, e tendo em vista as perdas, se agarra a única coisa que acredita ter.
O outro final é a separação. É um pouquinho de dor, mas paga a vista. Ela vai chorar, mas em pouco tempo, já estará em cena de novo, com direito a par romântico e nova personagem.
Minha amiga quer um namorado, não um dono. Ela quer companhia, não uma presença asfixiante. Ela quer alguém que enxergue ela com todas as cores, e não apenas o cor de rosa. Ela quer um espaço onde ela possa opinar, continuar pagando suas contas. Ela quer manter as mesmas amizades, formar outras tantas. Ela quer, entre tudo isso que falei, alguém que a veja como um ser humano dotado de qualidades e características marcantes, que a aceite inteira e não tenha a menor pretensão de muda-la ou convence-la a isso.
Minha amiga caiu fora a tempo, mas eu sei que muitos e muitas ainda estão desfilando com suas focinheiras, sendo guiados pela insegurança e possessividade. Com rédeas bem curtas, diga-se passagem.

Por Luis Dutra

sábado, 5 de junho de 2010

Significado do Nome

Qual a origem do nome Mirtes: LATIM

Qual o significado do nome Mirtes: FORMADA DE UMA MURTA. (PLANTA).

Muito ligado a familia, e emotiva costuma exagerar nos seus cuidados e corre o risco de sufocar as pessoas que ama sendo assim. Tem muita energia e por isso deve sempre manter-se ocupada com alguma coisa. Nos relacionamentos amorosos ou mesmo de amizade, quando se magoa, procura se recolher para dentro de si mesmo e só sai quando recebe um pedido de perdão. Um bom conselho seria aprender a controlar seu temperamento e deixar as pessoas que ama mais na delas.

Que saber o significado e origem do seu? Clique Aqui
 

Fontes: www.significado.origem.nom.br/texto
media.photobucket.com

sexta-feira, 4 de junho de 2010

COMO AS MULHERES DOMINARAM O MUNDO.

Conversa entre pai e filho, por volta do ano de 2031 sobre como as mulheres dominaram o mundo.
- Foi assim que tudo aconteceu, meu filho…
Elas planejaram o negócio discretamente, para que não notássemos Primeiro elas pediram igualdade entre os sexos. Os homens, bobos, nem deram muita bola para isso na ocasião. Parecia brincadeira.
Pouco a pouco, elas conquistaram cargos estratégicos: Diretoras de Orçamento, Empresárias, Chefes de Gabinete, Gerentes disso ou daquilo.
- E aí, papai?
- Ah, os homens foram muito ingênuos. Enquanto elas conversavam ao telefone durante horas a fio, eles pensavam que o assunto fosse telenovela. Triste engano. De fato, era a rebelião se expandindo nos inocentes intervalos comerciais. "Oi querida!", por exemplo, era a senha que identificava as líderes. "Celulite", eram as células que formavam a organização. Quando queriam se referir aos maridos, diziam "O regime".
- E vocês? Não perceberam nada?
- Ficávamos jogando futebol no clube, despreocupados. E o que é pior:
Continuávamos a ajudá-las quando pediam. Carregar malas no aeroporto, consertar torneiras, abrir potes de azeitona, ceder a vez nos naufrágios. Essas coisas de homem.
- Aí, veio o golpe mundial?!?
- Sim o golpe. O estopim foi o episódio Hillary-Mônica. Uma farsa. Tudo armado para desmoralizar o homem mais poderoso do mundo. Pegaram-no pelo ponto fraco, coitado. Já lhe contei, né? A esposa e a amante, que na TV posavam de rivais eram, no fundo, cúmplices de uma trama diabólica. Pobre Presidente…
- Como era mesmo o nome dele?
- William, acho. Tinha um apelido, mas esqueci… Desculpe, filho, já faz tanto tempo…
- Tudo bem, papai. Não tem importância. Continue…
- Naquela manhã a Casa Branca apareceu pintada de cor-de-rosa. Era o sinal que as mulheres do mundo inteiro aguardavam. A rebelião tinha sido vitoriosa! Então elas assumiram o poder em todo o planeta. Aquela torre do relógio em Londres chamava-se Big-Ben, e não Big-Betty, como agora… Só os homens disputavam a Copa do Mundo, sabia? Dia de desfile de moda não era feriado. Essa Secretária Geral da ONU era uma simples cantora. Depois trocou o nome, de Madonna para Mandona…
- Pai, conta mais…
- Bem filho… O resto você já sabe.
Instituíram o Robô "Troca-Pneu" como equipamento obrigatório de todos os carros…
A Lei do Já-Prá-Casa, proibindo os homens de tomar cerveja depois do trabalho…
E, é claro, a famigerada semana da TPM, uma vez por mês…
- TPM???
- Sim, TPM… A Temporada Provável de Mísseis… E quando elas ficam irritadíssimas e o mundo corre perigo de confronto nuclear…
- Sinto um frio na barriga só de pensar, pai…
- Sssshhh! Escutei barulho de carro chegando. Disfarça e continua picando essas batatas…

Luis Fernando Veríssimo

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Aqui e Agora

Há algum tempo atrás, existia o namoro, noivado e o casamento. Era tipo um jogo de tabuleiro, porém às duplas: você começava no namoro, então avançava um pouco e noivava. Reuniam-se parentes, dinheiro e coragem, então se fazia o casamento. Em alguns casos pulava-se o noivado, mas o final era o mesmo, o “sim” na frente de um padre e o enlace sagrado. Tudo lindo, tudo tão sonhado. Tudo passado.
A seqüência se ramificou, ganhou novos caminhos: você tem um lance que se der certo, vira um rolo. A evolução do rolo é o ficante, que é a mesma coisa, porém com algum compromisso, mas que pode ser desfeito a qualquer instante. Se o instante durar demais e houver consentimento formal de ambos, daí sim, você pode colocar lá na capa do Orkut: namorando.
Hoje descobri uma nova categoria de relacionamento, se é que ela se classifica em algo: é o “aproveitar o momento”.
Aproveitar o momento é tipo um amante, porém ninguém está cometendo adultério. Você está livre e desimpedido, ela também, mas por alguma razão, querem manter-se assim. Curtir o momento é um meio-termo, não uma fase de transição já que não se quer chegar a ponto algum. Fica entre o ficante e alguma coisa. Fica entre continuar livre e ter um rolo. Fica entre estar sozinha e ter um momento agradável, mas que sabemos que pode não acontecer de novo. Vocês tem o telefone um do outro, mas não sabem quando tocará de novo, aliás, nem esperam que toque.
O curtir o momento não é desculpa de gente promíscua. É a sinceridade de assumir que você não quer compromisso, mas quer o divertimento da companhia.
É o fogo da paixão com o raciocínio do namoro: é bom, tá legal, mas não passa disso ! Pode durar uma balada, uma semana, as férias inteiras. Mas não costuma ir muito longe. Ele se origina de uma situação que também não é pra sempre. Você não quer nada sério agora, mas uma hora irá querer. Você está passando apenas uma temporada fora, chegará a hora de voltar pra casa.
São situações que sempre serão recordadas com carinho, pois não duram o suficiente pra marcar algo profundo, não deixa cicatrizes. É a forma mais transparente e menos dolorosa de se possibilitar um prazer egoísta, mas partindo da concordância do outro. Não há regras, aprendizados, cobranças ou chateações. Somente um momento, que geralmente é curto demais.

Luis Dutra

terça-feira, 1 de junho de 2010

Enófilo, Enólogo e o Enochato

 O Enófilo

Algumas pessoas confundem o significado da palavra enófilo, o amante do vinho, com a de enólogo, o elaborador do vinho.
Enófilo tem um sentido mais amplo e significa "pessoa que gosta do vinho", mas que não tem responsabilidade sobre sua elaboração.



        O Enólogo

Enólogo é o profissional responsável pela elaboração dos vinhos. A rigor, também é um enófilo, por gostar do vinho.




 O Enochato

É aquela espécie da qual todos nós conhecemos um exemplar (ou vários).
O enochato chega às festas ou ao restaurante, pega uma taça, certifica-se de que tem bastante gente olhando, faz cara de entendido, gira o copo no sentido horário e com inclinação de 26,487º em relação a Greenwich, funga dentro da taça, revira os olhos, fala um monte de coisas complicadas e depois olha para as outras pessoas presentes com ar superior, como se elas fossem a ralé da humanidade por não entender de vinhos tanto quanto ele.
É justamente por causa dos enochatos que o vinho tem essa fama de coisa complicada, inacessível, sofisticada, exclusiva de gente rica, metida e chata.
Propomos aqui uma campanha internacional de extermínio dos enochatos e para isso não é preciso usar violência, basta que ninguém mais preste atenção às macaquices deles frente a uma taça de vinho. Sem platéia, o enochato murcha, perde a pose e sai de fininho.
É preciso acabar com essa impressão elitista que as pessoas têm do vinho.
No século 17, a Igreja Católica dava pão e vinho às famílias pobres! Vinho era considerado item de primeira necessidade, fazia parte da cesta básica!
Todo mundo deveria ter a oportunidade de aprender a tomar vinhos, sem achar que o vinho e sua cultura representam chatice ou um bicho papão, cheio de mistérios e dificuldades.
A partir de agora você também é um soldado nessa luta para popularizar o vinho, combinado?

Fontes: santucci / Histórias de Nereida