sexta-feira, 30 de abril de 2010

Vida Que Se Viva

As emoções canalizadas em relação ao passado ou ao futuro dissipam energia aleatoriamente, impedindo seu livre fluxo no presente.
Antecipar ocorrências representa precipitação de fatos que, talvez, não sucederão, conforme agora tomam curso, gerando ansiedade e angústia.
Viver, apenas, de recordações passadas ou ansiando pelo futuro é perder a contribuição do presente, praticamente nada reservando para hoje.
O momento atual é a vida, que resulta das atividades aprendidas e vivenciadas, tornando possível e elaborando as surpresas do porvir.
Encoraja-te a viver hoje, sentindo cada instante e valorizando-o mediante a consciência das bênçãos que se encontram à tua disposição.

Stuka Angyali

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Pixação



Expressão artística?, para mim é um ato de vandalismo, afinal, os lugares pichados são invadidos é bem diferente...
Mirtes

A Pichação, Pixação ou Pixo é uma técnica artística, que surgiu em Nova York, e veio para o Brasil em 1980 (Passando por São Paulo, sempre São Paulo) , onde "artistas" formavam gangues para escrever exaustivamente seu nome pelos quatro cantos de cada cidade do país.

Esta prática imbecil remete o ser humano à época das pinturas rupestres, quando o homem era uma criatura ainda irracional. Por raciocínio lógico subentende-se que os praticantes dessa arte ainda são seres humanos irracionais, e portanto, estão evolutivamente atrás de seres humanos normais.

Tal afirmação leva à compreender que os pichadores (como se chamam esse tipo de gente) não estão sob as nossas leis, mas sim sob as leis de proteção aos animais, o que prova porque é tão difícil levar um pixador para a prisão. Primeiramente, é proibida a entrada de animais em presídios. Secundariamente, é preciso pegar um pichador no flagrante, caso contrário será impossível obter informações ou mesmo confissões do elemento, pois o sujeito não fala português, mas sim um dialeto popularmente conhecido como Gíria.

É necessário provar ao juíz que o pichador é humano. Isso é definitivamente impossível (a menos que você seja o Capitão Nascimento). Portanto não se pode condenar um pichador.

Algumas frases pichadas:

"Fala, mano! É o seguinte: Pichação é mais uma coisa que us mano da quebrada gosta, tá ligado, véio? Então, não estraga este artigo não, porque vai dar em treta, manô!"

"Pichar é arte, correr faz parte!"

"JESUS É O CAMINHO VÁ PARA JESUS SENÃO PICHO SUA CASA"

"Nanau, Cabelo, Pico, Alemao, Maluco i Jr. Negao tivero aqui, é nois na fita, Atrético"

Fonte: desciclo.pedia.ws

terça-feira, 20 de abril de 2010

Alma Desnuda

Eu me permito...
Ser lambida pela brisa
Ser lavada pela chuva
Acariciar sua pele lisa
Degustar seu beijo de uva!

Eu me permito...
Ser banhada pelo mar
Ser aquecida pelo sol
Te abraçar e te beijar
Na hora do arrebol!

Eu me permito...
Voar nas asas do vento
Flutuar junto à lua
Desvendar seus pensamentos
Deixar sua alma nua!

Eu me permito...
Ouvir a sua metade que é grito
E o silêncio da outra metade
No silêncio eu acredito
No grito, escuto debilidade!

Eu me permito...
Entregar-me a sua humana ternura
Navegar na sua inspirada poesia
Lambuzar-me na sua doçura
Nos devaneios da fantasia!

Eu me permito...
Ser envolvida pela sua sedução
Dar-te o direito de invadir meu coração
Sentir seu encanto versejado
Deste meu vício desejado!

E só permito...
Porque você também me permitiu...
Mostrou-me o seu avesso...
Seu amor que eu mereço...
O seu vinho embriagante...
Numa noite alucinante...
Entre gemidos ofegantes!...

E nesta recíproca permissão
Corpos plenos...
Almas desnudas...
Cumplicidade... Paz!...

Carmen Vervloet

De que adianta proibir as pulseiras do sexo?

Como sou fã desta excelente jornalista (Diretora sucursal da revista Época)pois, me sinto representada em tudo que ela escreve e opina, resolvi replicar seu comentário.
Mirtes

Mais um bode que se tira da sala... de aula. As pulseirinhas coloridas de silicone que sugerem o desejo de abraçar, beijar e fazer sexo estão proibidas nas escolas de várias cidades do Brasil. Prefeitos, juízes, secretários de Educação e deputados abriram guerra contra o adereço. Argumentam que a moda da pulseirinha incita ao abuso e ao estupro. A pergunta é: adianta? Ou o veto desmascara o óbvio? Adultos – pais e professores – não têm mais ideia de como educar sexualmente crianças e adolescentes.

Pera, uva, maçã e salada mista. Eu brinquei muito, você talvez tenha brincado, dependendo de sua idade. Claro, era escondido dos pais. Os primeiros contatos íntimos não costumam ser assunto de conversa em casa. A não ser que a iniciativa parta dos pais. E as confidências só existem quando os filhos enxergam os pais como amigos, e não como monstros repressores. Mesmo assim, é difícil falar francamente, sem subterfúgios ou preconceito, sobre sexo.

Adolescentes saudáveis de qualquer geração sentem um desejo irrefreável de sexo. Tabus têm sido quebrados com velocidade absurda. Não faz muito tempo, rapazes tinham a primeira relação com prostitutas ou com a “menina fácil da rua que dava para todo mundo”. Moças sofriam com o dilema do hímen. Faziam quase tudo, menos... Tanto que a expressão era “perder a virgindade” – e não conquistar o direito ao prazer consciente.

O sexo hoje está escancarado, ao vivo e em cores, na tela dos computadores da criançada. Pais e escolas perderam totalmente o controle. Pré-adolescentes “aprendem” maneiras vis de encarar e praticar o sexo. Pedófilos encontram na rede vítimas que se apresentam a suas taras. Meninas de 10 a 15 anos postam no Orkut fotos sensuais, detalhes do corpo. Sem que a família saiba. Como preparar os filhos e os estudantes para um mundo em que o sexo se confunde cada vez mais com a pornografia?
Vamos então ter de banir minissaias, decotes, tudo
o que transmita a sensualidade das meninas

Ah, já sei! Vamos proibir as pulseirinhas de sexo nas escolas. Ou proibir a venda (acreditam?). Elas surgiram na Inglaterra no ano passado e chegaram meses depois ao Brasil, mais como um jogo de pera, uva, maçã do que qualquer outra coisa. Amarela quer dizer abraço. Tranquilo. Branca significa “a menina escolhe o que quer fazer”. Essa deveria ser encorajada pelos educadores. Vermelha é dança erótica – a julgar pelos créus e rebolations em festas infantis, nem precisaria de pulseira. Roxa dá direito a beijo de língua. Verde: chupões no pescoço. Rosa: a menina mostra os seios. Azul: sexo oral. E preta, a mais sinistra. As líderes das turmas usam pulseira preta. Simboliza a disposição de fazer sexo.

Na quinta-feira passada, as pulseirinhas foram proibidas nas escolas municipais do Rio de Janeiro, de acordo com resolução no Diário Oficial. Em Manaus, em Maringá (Paraná), em Navegantes (Santa Catarina), os adereços coloridos já tinham sido banidos das salas de aula. O alarme foi dado por casos de estupro supostamente provocados pelo uso das pulseiras pretas, em Manaus e em Londrina, no norte do Paraná. O rapaz vê a pulseira, associa o colorido a seu significado e parte para reivindicar o que seria seu. Arranca a pulseira do braço da menina. E o ritual precisa ser concluído. Porque... Por que ela pediu?

Se pais, professores e políticos aproveitassem o recado das pulseiras para agir direito, não pagariam o mico de vetar “adereços que expressem insinuações sexuais” (como está escrito no Diário Oficial do Rio). Vamos então banir transparências, minissaias, decotes, tudo o que transmita a sensualidade das meninas mulheres. Ou é melhor parar para pensar como essa medida é inócua? Proibir dentro da escola, onde estupros são quase inexistentes, não vai livrar as meninas do risco de abusos por usar as pulseirinhas. O veto é um recurso autoritário para a sociedade se livrar de sua responsabilidade. De alertar, educar, conversar. O que é clandestino desperta mais interesse dos jovens.

Como escreveu a menina Mayara em linguagem de Orkut: “Eu acho qisso naum tem nada ver”. Se as pulseiras não são inocentes, nós, como sociedade, somos menos ainda.

Ruth de Aquino

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Intransitivo


A carne anda cada vez mais fraca
e o silencio cada vez mais comprometedor
cômicos somos nós que estamos falando sério
e pobres são todos, de uma pobreza irremediável
de uma doença incurável, apesar de todos os esforços
da medicina, da psicoterapia, da parapsicologia
quando a única solução seria um sortilégio.

Há políticas bastantes para não pensarmos em nada
e condicionamento suficiente para termos a ilusão de que pensamos
de que somos livres e vivemos como queremos.
Temos vontades baratas: um novo par de sapato
um pouquinho mais de espaço para alongar as pernas
e se possível mais tempo pra reclamar da vida.

Ah, deveríamos desobedecer secretamente a nós mesmos,
imitar um pouco mais os bichos
inventar qualquer forma mais pura
do que esta selvageria civilizada
do que este progresso cheio de violência
do que esta racionalidade que não deu certo.

Meu irmão, o absurdo somos nós.

Bruna Lombardi

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Lixo: Problema para o Meio Ambiente

O problema da destinação final do lixo é conseqüência de um estilo de vida baseado na aparente necessidade desenfreada de consumo contínuo de produtos. Isso é uma tendência mundial. Só nos últimos 30 anos, toda a quantidade de dejetos se multiplicou por três, principalmente por causa dos restos de embalagens. O aumento e a intensidade da Industrialização são os dois fatores principais de origem e produção desses resíduos, resultantes da atividade diária do ser humano. Portanto, ao mesmo tempo em que o lixo é inesgotável, os problemas de poluição gerados por ele ao meio ambiente são irreversíveis se nada for feito para contê-los.

Além do fato de se estar produzindo mais e mais detritos, sem que eles tenham o devido tratamento, está se explorando indiscriminadamente os recursos naturais não renováveis. O nome disso é desperdício. Portanto, ninguém vai poder falar que "não sabia" quando não houver mais como sustentar os seus hábitos de consumo. Para o ambientalista Vilmar Berna, "existem serviços de limpeza da prefeitura mas as pessoas estão sempre arrumando desculpas para não ajudar. Em uma das atividades de limpeza feita por voluntários ambientais na Baía de Guanabara encontra-se desde sofá, fogão até tampa de refrigerantes. Mas para mim, o desrespeito é o mesmo: tanto de quem joga uma tampinha quanto quem joga um sofá".

O tão discutido Desenvolvimento Sustentável se encaixa exatamente nesse contraponto: as atividades humanas sobre os recursos naturais precisam ser planejadas de modo que se possa usufruir delas sem correr o risco de que se acabe o que, um dia, já foi abundante. Segundo Paul Hawken, autor de Capitalismo Natural: Criando a Próxima Revolução Industrial- obra elogiada por personalidades como Bill Clinton e Fritjof Capra- é preciso que seja redesenhado um novo modelo industrial a partir da ótica do zero desperdício em prol da produtividade responsável, que preze pela preservação ambiental.

As alternativas
A reciclagem é a forma mais racional de eliminação de resíduos pois o material que foi uma vez descartado, volta para o ciclo de produção, o que soluciona a controvérsia da superlotação nos aterros sanitários (onde são enterrados os detritos). Para quem quiser argumentos econômicos, saiba que a reciclagem de uma única latinha de alumínio propicia economia de energia suficiente para manter uma geladeira por quase dez horas. E cada quilo de vidro reutilizado evita a extração de 6,6 quilos de areia, prática com alto impacto ambiental.

O reaproveitamento de um plástico que seja, ajuda a poupar petróleo. Usar o verso dos papéis já escritos significa menos árvores derrubadas. Logo, mais do que uma filosofia de vida, a reutilização pode ser, de fato, um bom negócio à medida em que poupa dinheiro. E você, mesmo sem sair de casa, pode colaborar ativamente com essa causa com atitudes simples, que fazem parte do cotidiano. Para isso, basta incorporar 3 "erres" para o controle do lixo: reduzir, reutilizar e reciclar.

Reduzir implica em evitar o consumo de tudo aquilo que é supérfluo. Isso significa rejeitar produtos com embalagens plásticas e de isopor, preferindo as de papelão que são recicláveis. Reutilizando depósitos de plástico e vidros para outros fins é outra forma de ajudar. E reciclar consiste em fazer coisas novas a partir de coisas usadas, o que reduz drasticamente o volume de lixo, preservando os recursos naturais, poupando energia e melhorando a qualidade de vida das populações. É, basicamente, seguir à máxima de que, na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.

"E isso sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo". Essas sábias palavras do Chefe Seatlle ficam como um ensinamento do povo indígena para os brancos, para que façam, ao menos, o mínimo já que não atingiram o nível de interagir respeitosamente com o patrimônio natural que o Criador nos legou.

Fonte: institutoaqualung.com.br

terça-feira, 13 de abril de 2010

Você é meu vício (Tu Es Ma Came )

Você é meu vício
O meu produto tóxico a minha volúpia suprema
O meu encontro de amor e meu abismo
Você floresce o mais doce da minha alma

Você é meu vício
És o meu tipo de delícia de programa
Eu te aspiro e eu te expiro e estou doente
Eu te espero como se espera o cesto

Você é meu vício
Eu amo teus olhos, teus cabelos, teu aroma
Venha então eu te provo que te engulo
Você é o meu bonito amor o meu anagrama

Você é meu vício
Mais mortal que a heroína afegã
Mais perigoso que a branca colombiana
Você é a minha solução o meu suave problema

Você é meu vício
A você todos os meus suspiros os meus poemas
Para você todas as minhas orações sob a lua
A você a minha desgraça e a minha fortuna

Você é meu vício
Quando vai embora é o inferno e as suas chamas
Toda minha vida toda minha pele te raclamam
Diria-se que você vaza nas minhas veias

Você é meu vício
Sinto-me reaparecer sob o teu encanto
Quero até te vender à alma
Aos teus pés eu jogo as minhas armas
Você é meu vício.

Carla Bruni

Votos de submissão

Caso você queira posso passar seu terno, aquele que você não usa por estar amarrotado.
Costuro as suas meias para o olngo inverno...
Use capa de chuva, não quero ter você molhado.
Se de noite fizer aquele tão esperado frio poderei cobrir-lhe com o meu corpo inteiro.
E verás como minha a minha pele de algodão macio, agora quente, será fresca quando janeiro.
Nos meses de outono eu varro a sua varanda, para deitarmos debaixo de todos os planetas.
O meu cheiro te acolherá com toques de lavanda - Em mim há outras mulheres e algumas ninfetas - Depois olantarei para ti margaridas da primavera e aí no meu corpo somente você e leves vestidos, para serem tirados pelo total desejo de quimera.
Os meus desejos ireie ver nos teus olhos refletidos.
Mas quando for a hora de me calar e ir embora sei que, sofrendo, deixarei você longe de mim.
Não me envergonharia de pedir ao seu amor esmola, mas não quero que o meu verão resseque o seu jardim.
(Nem vou deixar - mesmo querendo - nehuma fotografia.
Só o frio, os planetas, as ninfetas e toda a minha poesia)

Fernanda Young

sábado, 10 de abril de 2010

Quando a solidão dói demais...

Em primeiro lugar, creio que seja imprescindível esclarecer que as pessoas não se sentem solitárias somente quando não estão se relacionando afetivamente com outra. Muitas vezes, a solidão toma conta da gente de forma profunda e dolorosa mesmo quando estamos acompanhados. Por outro lado, muitas pessoas não experimentam esse sentimento nem quando estão sós.

Então, vale dizer que a solidão é um sentimento que nada tem a ver, necessariamente, com o fato de estarmos sozinhos ou comprometidos. Antes de aflorar e tornar pesada e triste a nossa vida cotidiana, a solidão é uma dor que nasce dentro da gente, em função de um vazio que deveria ser preenchido não por qualquer outra pessoa que não seja nós mesmos. Solidão é a falta latente e excessiva de amor-próprio. Ou seja, é a carência de um sentimento que nem nós mesmos estamos conseguindo nos dar.

Mas, geralmente, justificamos a solidão que sentimos pela ausência de um amor, de um relacionamento afetivo satisfatório, compensador, recíproco. E, assim, nos sentindo vítimas de um abandono inexplicável, conseguimos apenas chorar. A impressão que temos é a de que o mundo não tem mais razão de ser, como se esse espaço vago, escuro e frio que ocupa o nosso coração fosse transbordar e inundar toda a nossa vida, nos afogando numa tristeza sem fim...

No entanto, costumo pensar que a vida é uma grande mestra. Acredito sempre que as nossas dores são como preciosos sinais, para que percebamos que algo precisa ser mudado. Então, se você sente que a solidão está consumindo toda a sua alegria de viver, sugiro que você tente descobrir o que a vida está querendo lhe dizer. Qual é a parte dentro de você, ou qual é a área de sua vida que você abandonou? E em nome de que ou de quem você tem feito isso consigo próprio?

Imagine uma boneca numa prateleira de uma loja. Por algum descuido de um vendedor, ela caiu atrás de outros brinquedos e ficou invisível aos olhos dos compradores. Assim, meses se passaram e ela foi ficando empoeirada, suja, sem cor e sem atrativos. Certo dia, um vendedor encontrou a boneca enquanto limpava as prateleiras. Imediatamente pensou em jogá-la no estoque da loja, como mercadoria estragada. Afinal de contas, comparada aos demais brinquedos, com aparência de novos, perfume gostoso, cores vibrantes e embalagens atraentes, certamente ninguém se interessaria por aquela boneca e ela ficaria ali somente ocupando espaço. Realmente, ele tinha razão em seu raciocínio. Ninguém daria preferência a um brinquedo sujo e feio podendo escolher entre tantos outros bonitos.

Nós também somos como as lojas de brinquedos e, na correria do dia-a-dia, algumas de nossas bonecas, alguns de nossos brinquedos caem atrás de nossas prateleiras. Terminamos nos esquecendo deles e eles perdem seu viço, sua cor, seu brilho. De repente, ao olharmos para dentro de nós com um pouquinho mais de atenção, descobrimos nossos brinquedos sujos. O que fazemos? Jogamos um por um em nosso depósito de lixo? Desistimos deles por causa de seu estado de deterioração?

Não somos objetos, somos pequenos pedaços de amor, somos fragmentos de vida e precisamos de cuidados que somente nós mesmos podemos e sabemos nos dar. Ao invés de ignorarmos nossas partes sujas e feias, precisamos urgentemente cuidar delas, limpa-las, trata-las com carinho e transforma-las em luz, em beleza, em atrativos.
Caso contrário, os meses vão passando, os anos vão embora e a nossa vida vai se resumindo em prateleiras vazias e depósitos abarrotados de lixo! E o que nos resta é uma solidão profunda e dolorida, um silêncio amargo que impregna tudo ao nosso redor. Mas felizmente podemos mudar isso. Sempre haverá força e coragem em algum cantinho de nossa loja para iniciarmos uma limpeza geral.

Dispense a solidão e contrate o amor como segurança da sua loja. E esteja certo de que ninguém fará isso por você, por mais que você espere, por mais que você peça, por mais que você implore. Surpreenda a todos. Surpreenda você. Feche-se para uma reforma. Coloque-se um prazo para reabertura de suas portas e inaugure uma nova e maravilhosa loja, com prateleiras repletas de lindos brinquedos. E eu lhe garanto que a solidão passará longe de sua porta!

Fonte: tempodepoesia

A Abelha e a Flor


Ide para os vossos campos e jardins e aprendereis que o prazer da abelha consiste em retirar o mel da flor.Mas também a flor tem prazer em dar o seu mel à abelha.Pois para a abelha a flor é uma fonte de vida. E para a flor a abelha é mensageira de amor.E, para ambas, abelha e flor, o dar e o receber de prazer é uma necessidade e um êxtase.

khalil gibran

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Amor, vamos discutir a nossa relação?

DISCUTIR A RELAÇÃO é um ato recente. Antigamente, lá pelos anos 60, não se fazia isso. Quando o namorado ou a namorada chegava para o outro e dizia: "Sabe, eu estive pensando...” Pronto, o ouvinte já sabia que era o fim. Não havia mais o que discutir. Saía cada um para o seu lado dizendo que houve (que saudades) uma "incompatibilidade de gênios". Isso resolvia tudo.

E os nossos pais jamais discutiram a relação. Nem mesmo a relação sexual. Dava-se uma porrada e não se falava mais naquilo. As mulheres (infelizmente) sabiam do seu lugar ao lado do fogão, sem o fogo do amado.

Mas o mundo girou, a lusitana rodou, vieram os psicanalistas e as feministas. Sim, foram eles que instigaram as mulheres a DISCUTIR A RELAÇÃO. Sim, são sempre as mulheres que começam (e acabam) as discussões e as relações. Os terapeutas, porque colocam na cabeça da gente que devemos dizer tudo que pensamos da pessoa amada para ela e não para o melhor amigo. E as feministas, bem, as feministas...

Mas, antes de surgir a expressão DISCUTIR A RELAÇÃO, tivemos outros nomes para a mesma desgastante peleja. "Vamos dar um tempo' não durou muito. Depois surgiu "Nossa relação está desgastada". Por que não "gastada"?

Hoje, modismo ou não, não há casal que não DISCUTA A RELAÇÃO, pelo menos uma vez por semana, igualando ao número de atividades sexuais. DISCUTE-SE A RELAÇÃO nos mais variados lugares. Alguns sombrios, outros perigosos.

O melhor lugar para se discutir a relação é na sala. Está-se próximo do uísque, da televisão que pode ser ligada a qualquer momento e mesmo da porta, para uma saída furtiva e quase sempre covarde. E é ótimo DISCUTIR A RELAÇÃO andando em círculos, com um copo na mão, um ouvido na fera e um olho no futebol. Sim, as mulheres adoram esta atividade aos domingos. Eu tenho um amigo que, quando quer sair sozinho com os amigos, diz: "Vou até lá em casa e dou um jeito de DISCUTIR A RELAÇÃO com a patroa, ela fica irritada e eu tenho um motivo para voltar aqui para o bar'.

DISCUTIR A RELAÇÃO no quarto só tem duas saídas. Tudo terminar numa belíssima e lacrimejante cena de amor (às vezes, até com uns tapinhas carinhosos) ou a ida de um dos meliantes para o outro quarto. No quarto, é impossível se tratar deste assunto impunemente. Principalmente se os dois atletas estiverem deitados. E nus. E se houver alguma faca por perto. Vide Robbit.

No carro, é um perigo. Deveria haver multa para esses casais que colocam em risco não apenas a vida deles, como também dos transeuntes e demais carros. DISCUTIR A RELAÇÃO dentro do carro sempre acaba em trombada na cara. E quem está dirigindo leva sempre a pior. Ou então propor um rodízio. Segunda, não discutem casais com final 1 e 2. Terça, 3 e 4. E assim por diante.

Agora, não há nada mais desagradável do que DISCUTIR A RELAÇÃO por telefone. É um horror. Geralmente é de madrugada. Longos silêncios... "Você está me ouvindo? Você está aí?" A gente não vê os olhos da outra pessoa, o sarcástico sorrisinho, a pequena lágrima rolando. Sem falar na conta do telefone.

E no restaurante, vocês já repararam? Sempre tem alguns casais que chegam calados, comem calados e calados saem. Um não dirige a palavra para o outro. Ledo engano. Eles estão, em silêncio, DISCUTINDO A RELAÇÃO. Acho uma covardia DISCUTIR A RELAÇÃO em silêncio. Eles não falam nada. Ela fica quebrando palitos e ele rasgando o guardanapo de papel. Imundando o restaurante.

Já os mais modernos DISCUTEM A RELAÇÃO via Internet. Ele digita um disparate para ela na Vila Madalena, o texto vai para um satélite, dali vai para Columbus (Ohio, USA), volta ao satélite, baixa na central do Rio de Janeiro e, finalmente, entra no computador dela em Pinheiros, a uns 500 metros de distância. Depois é a vez dela fazer o mesmo. Coitado do satélite que tem que decifrar aqueles palavrões todos. Em português, é claro!

Mas o pior não é DISCUTIR A RELAÇÃO. O pior é pagar fortunas a um profissional, sentar-se numa poltrona ou divã e ficar ali, durante 50 minutos, por intermináveis semanas, meses a fio, anos seguidos, repetindo tintim por tintim como foi a nossa última conversa com o ser amado, fazendo um esforço danado para lembrar fala por fala, todos os diálogos. E o terapeuta lá, com aquele olho de peixe morto, caído, quase bocejando, ouvindo, pela oitava vez, naquela mesma tarde, a mesma nauseante história de amor.

Sim, porque com ele a gente não DISCUTE A RELAÇÃO. Discutimos, no máximo, o preço. Da nossa dor.


Mário Prata

Lacrosse

O lacrosse é um jogo de campo, com uma raquete e uma bola, que teve origem em um jogo dos índios norte-americanos. Como a raquete se pareceia com uma cruz, os colonos franceses batizaram o jogo de "La Crosse" ("a cruz", em francês).

Apesar de ter tido um passado de sangue (veja "A história sangrenta", abaixo), o lacrosse amadureceu como um jogo pacífico. Ele é jogado desde o século XV e, dos EUA, se espalhou pela Europa no início do século XIX. Colonizadores e índios jogavam entre si, e novas regras começaram a ser criadas. Hoje, o lacrosse é ainda muito popular em países como Inglaterra, Canadá e EUA.

São dois times, com dez jogadores de cada lado, em um campo de 100 a 110 metros de comprimento. Cada time tem que marcar pontos atirando a bola no gol adversário com a raquete. Hoje, ela tem 90cm de comprimento e uma rede triangular em uma das pontas, com a qual se deve apanhar a bola.

Antes do jogo, os adversários ficam de frente uns para os outros, enfileirados no centro do campo. No passado, isso era necessário porque muitos jogadores iam jogar usando bastões e sapatos fora do padrão autorizado. Assim, uma revista final em todos antes do jogo era essencial!

Uma história sangrenta
Esta história aconteceu logo depois do Tratado de Paris, quando os franceses concordaram em ceder o Canadá, terra que eles achavam que era deles, aos ingleses.

Conta-se que os ingleses roubavam a terra dos índios, matavam seus animais e derrubavam suas florestas. Os índios começaram a sentir ódio por esses novos colonos e aguardaram uma chance de se vingar.

Um dia, na festa de aniversário do rei inglês Jorge III, o grande "Pontiac", chefe dos Ottawa, planejou usar o jogo para vencer os ingleses. Os índios organizaram o jogo bem junto à fortificação dos soldados. Estes, para ver melhor, acabaram abrindo as portas do forte e se aproximaram do campo. Parecia seguro, porque os índios só seguravam raquetes. À beira do campo, suas mulheres estavam sentadas usando pesadas mantas, apesar de ser um dia bem quente. Mas os soldados não estranharam, pois acharam que era assim que elas se vestiam...

De repente, a um sinal, os indígenas largaram suas raquetes e suas mulheres largaram suas mantas, debaixo das quais estavam escondidas as armas. Os guerreiros pegaram os soldados de surpresa e, rapidamente, mataram a todos, dentro e fora do forte. Dizem que apenas três soldados escaparam da chacina.

Fopnte: mingaudigital.com.br

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Movimento dos barcos

Estou cansado e você também
Vou sair sem abrir a porta
E não voltar nunca mais
Desculpe a paz que eu lhe roubei
E o futuro esperado que eu não dei
É impossível levar um barco sem temporais
E suportar a vida como um momento além do cais
Que passa ao largo do nosso corpo

Não quero ficar dando adeus
As coisas passando, eu quero
É passar com elas, eu quero
E não deixar nada mais
Do que as cinzas de um cigarro
E a marca de um abraço no seu corpo

Não, não sou eu quem vai ficar no porto
Chorando, não
Lamentando o eterno movimento
Movimento dos barcos, movimento

(Jards Macalé e Capinan)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

"ENTÃO, CANCELA!"

CASO 1
Eu liguei pro Real Visa e pedi pra diminuírem a anuidade, que ia pra 4 x 24 reais. A atendente disse que era impossível.
Eu disse:
-Então, cancela!
Ela respondeu:
- Mas senhor, o cartão é um cartão bom demais, etc.
Eu disse:
- Não vejo motivo pra pagar 100 merréis por ano pra pagar minhas contas com um pedaço de plástico.
Ela disse:
- Mas senhor, nosso produto é diferenciado. Não podemos abaixar o valor.
Eu disse:
- Então, cancela!
Aí ela disse:
- Espere um minuto, por favor.
Voltou com a boa nova:
- Senhor, podemos deixar pelo valor que está, 4 x 16 reais. Eu disse:
- Então, cancela!
Ela respondeu:
- Espere um minuto, por favor.
Mais uma vez:
- Senhor, podemos deixar por 3 x 16 reais.
Eu disse:
- Não quero. Cancela.
Ela novamente disse:
- Espere um minuto, por favor... Senhor, podemos deixar então por 2 x 16.
Aí, eu concordei. Mas tive a impressão que poderia sair dessa negociação com o Real Visa me pagando pra usar aquela merda...


CASO 2
A TVA reajustou os preços. Eu disse que não ia pagar aumento nenhum. A atendente respondeu:
- Senhor, infelizmente não podemos fazer nada.
O que que eu fiz? Liguei pra Net e assinei com eles.
Liguei pra TVA e disse:
- Cancela!
A atendente robótica disse:
- Senhor, espere um minuto... O senhor não precisa cancelar. Manteremos o preço como está.
Respondi:
- Agora eu não quero, só estão me isentando do aumento porque eu estou cancelando!
Eles ficaram desesperados, porque eu estava cancelando 2 pontos de pacote total e mais a internet de alta velocidade.
Abaixo seguem as propostas que eles continuaram fazendo e as minhas respostas:
- Isenção de uma mensalidade
- Cancela!
- Isenção de duas mensalidades
- Cancela!
- Manutenção de apenas 1 ponto mais desconto permanente de mensalidade.
- Cancela!
- Manutenção de 1 ponto com pacote reduzido mais desconto permanente.
- Cancela!
- Proposto acima com inclusão de HBO e mais algumas mensalidades reduzidas com internet de alta velocidade.
- Cancela! Cancela! Cancela!
Cancelei, e agora pago mais barato!


CASO 3
Quarta eu fui jantar num restaurante, e esqueci meu celular lá. No dia seguinte, eu liguei pra Vivo e pedi que desligassem o número por segurança, até eu recuperar o aparelho.
A atendente disse, naquela língua do gerúndio odiosa:
- Senhor, estaremos cobrando uma taxa de 24 reais.
Eu me indignei:
- Como é? Eu pago 60 reais pra usar o mês inteiro, e vou pagar 24 reais pra NÃO usar o celular por três dias?
Ela respondeu que não tinha jeito.
O que que eu disse?
- ENTÃO, CANCELA!
Aí ela disse:
- Senhor, um minuto que eu vou estar lhe passando pra outro setor.
Atendeu uma outra mulher que disse que eu "poderia estar fazendo o cancelamento sem estar sendo cobrado pelo serviço."
Eu respondi que se ela estivesse fazendo isso eu ia estar agradecendo.
De qualquer maneira, comprei um celular da Tim (125 minutos por 55 reais) e vou dar um chute nessa Vivo semana que vem.
Vai ser divertido ver eles implorarem.

MORAL:
Entenderam?
Não esqueçam as palavras mágicas: 'Então, cancela!'

Mário Prata

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mandalas

Mandala é a palavra sânscrita que significa círculo, uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o cosmo. De fato, toda mandala é a exposição plástica e visual do retorno à unidade pela delimitação de um espaço sagrado e atualização de um tempo divino.

Nas sociedades primitivas, o ciclo cósmico, que tinha a imagem de uma trajetória circular (circunferência), era identificado como o ano. O simbolismo da santidade e eternidade do templo aparece claramente na estrutura mandálica dos santuários de todas as épocas e civilizações. Uma vez que o plano arquitetônico do templo é obra dos deuses e se encontra no centro muito próximo deles, esse lugar sagrado está livre de toda corrupção terrestre. Daí a associação dos templos às montanhas cósmicas e a função que elas exercem de ligação entre a Terra e o Céu. Como exemplo, temos a enorme construção do templo de Borobudur, em Java, na Indonésia. Outros exemplos que podemos citar são as basílicas e catedrais cristãs da Igreja primitiva, concebidas como imitação da de Jerusalém Celeste, representando uma imagem ordenada do cosmos, do mundo.

A mandala como simbolismo do centro do mundo dá forma não apenas as cidades, aos templos e aos palácios reais, mas também a mais modesta habitação humana. A morada das populações primitivas é comumente edificada a partir de um poste central e coloca seus habitantes em contato com os três níveis da existência: inferior, médio e superior. A habitação para ele não é apenas um abrigo, mas a criação do mundo que ele, imitando os gestos divinos, deve manter e renovar. Assim, a mandala representa para o homem o seu abrigo interior onde se permite um reencontro com Deus. Um exemplo bem típico brasileiro de mandala, a partir da arquitetura, é a planta superior da Catedral de Brasília.

Em termos de artes plásticas, a mandala apresenta sempre grande profusão de cores e representa um objeto ou figura que ajuda na concentração para se atingir outros níveis de contemplação. Há toda uma simbologia envolvida e uma grande variedade de desenhos de acordo com a origem.

Originalmente criadas em giz, as mandalas são um espaço sagrado de meditação. Atualmente são feitas com areia originárias da Índia. Normalmente divididas em quatro secções, pretende ser um exercício de meditação e contemplação. O objetivo da arte na cultura budista tibetana é reforçar as Quatro Nobres Verdades. As mandalas são consideradas importantíssimas para a preparação de iniciadores ao Budismo, de forma a prepará-los para o estudo do significado da iluminação.

O processo de construção de uma mandala é uma forma de meditação constante. É um processo bastante lento, com movimentos meticulosos. O grande benefício para os que meditam a partir da mandala reside no fato de que a imaginaram mentalmente construída numa detalhada estrutura tridimensional.

No processo da construção de uma madala, a arte transforma-se numa cerimônia religiosa e a religião transforma-se em arte. Quando a mandala está terminada, apresenta-se como uma construção extremamente coloria. Depois do ciclo é desmanchada, a areia é depositada, geralmente, na água. Apenas uma parte é guardada e oferecida aos participantes.

Um monge inicia a destruição desenhando linhas circulares com seu dedo, depois espalham a areia e a colocam em uma urna. Quando a areia é toda recolhida, eles apagam as linhas que serviram de guia à construção e despejam a areia nas águas do rio.

Fonte: Wiquipédia

"Mandala é círculo mágico;
Mandala é ponte para dimensões superiores;
Mandala é caminho a percorrer;
Mandala nos revela nosso Eu;
Mandala nos leva ao nosso centro;
Mandala nos leva a nossa Essência;
Mandala nos leva a Fonte Divina;
Mandala é energia e movimento;
Mandala é totalidade, integração e harmonia;
Mandala é o começo, o percorrer, o fim e o começo;
Mandala é morte e renascimento"

sábado, 3 de abril de 2010

Síndrome de Gérson



Uma efermidade comum aos brasileiros.

Infelizmente a sociedade brasileira se caracteriza pelo estilo de vida hedonista aonde o que importa é satisfazer prioritariamente suas vontades, independente de que com isso atropele conceitos e pessoas. Em nosso país, é muito comum percebermos nos cidadãos, atitudes onde o que se privilegia é o próprio umbigo. Do pequeno ao grande, do pobre ao rico, o que é importa é levar vantagem, ainda que com isso, alguém tenha que sair prejudicado.

Boa parte dos brasileiros a muito foram acometidos por uma enfermidade letal, a “gersonite aguda”. Para os que se lembram, por volta de 1970 existia uma propaganda vinculada em rede de TV sobre os cigarros Vila Rica, na qual o ex-jogador da seleção brasileira Gérson era o protagonista. A propaganda dizia que esta marca de cigarro era vantajosa por ser melhor e mais barata que as outras. E no final do comercial Gérson zombeteiramente dizia: "Você também gosta de levar vantagem em tudo, certo?” Com o passar dos anos a propaganda captou um elemento de identificação que estava no imaginário popular. O jargão usado na época se transformou então naquilo que hoje denominamos de lei de Gerson, a qual passou a funcionar como mais um elemento na definição da identidade nacional e o símbolo mais explícito da nossa ética ou da falta dela. Ora, por fatores dos mais diversos, a sociedade brasileira vem vivendo há muitos anos debaixo de uma enorme crise moral e relacional. As Câmaras municipais, as Assembléias Legislativas, o Congresso Nacional, além do poder executivo e judiciário, estão cheios de pessoas contaminadas pelo vírus da indecência, o qual tem corrompido significativamente as estruturas da nação.

A “Gersonite Aguda” é uma doença grave a qual tem por principal sintoma a corrupção. Basta olharmos para cada canto deste país que perceberemos que vivemos debaixo de uma gravíssima pandemia relacional. Já em 1832, o naturalista Charles Darwin, em sua visita ao Brasil, declarava que o brasileiro era altamente corrupto.

A corrupção relaciona-se intimamente com a “gersonite aguda” e isto se percebe nitidamente nas atitudes do cidadão comum, senão vejamos: Ao receber o troco errado, em vez de devolver o que não lhe pertence, é comum o cidadão guardar no bolso o dinheiro a mais recebido no caixa do supermercado; em época de eleição, negocia-se o voto em troca de benesses e privilégios pessoais. Ora, não tenho a menor dúvida de que nossa sociedade encontra-se mortalmente adoecida e que práticas como estas, se entranharam em nossos hábitos e costumes, fazendo-nos achar que não existe nenhum mal em subornar ou ser subornado por alguém. Junta-se a isso o fato de que as relações interpessoais são egoístas, manipuladores e utilitárias. Na verdade, parece que vivemos debaixo de uma síndrome, onde o que é importa é prevalecer sobre o outro, independente de que pra isso precisemos atropelar conceitos, princípios e vidas.

Como cristãos somos desafiados a não vivermos segundo as regras deste sistema. De maneira alguma podemos permitir que valores antiéticos e amorais conduzam nossas vidas. Na perspectiva bíblica neotestamentária jamais nos será permitido negociarmos o inegociável, nem tampouco, instrumentalizarmos as pessoas com vistas ao nosso sucesso pessoal. Os pressupostos do reino nos motivam a vivermos uma vida justa, reta e equânime, onde nem sempre ganhamos.

Renato Vargens


Detalhe: o criador da propaganda dos cigarros Vila Rica também é responsável pela campanha, veiculada décadas depois, "O melhor do Brasil é o brasileiro", voltada para o resgate da auto-estima nacional.

Egoísmo...

O egoísta ri quando seus apegos e desejos são satisfeitos e, na mesma medida, se deixa abater com o que não gosta. Atrás de tudo há um ego querendo poder, prazer e status. O resultado é uma desgraceira geral. Só podemos vencer essa doença por meio da 'humildação'. Quando nos humildamos, reduzimos o ego e ficamos mais pertinhos uns dos outros.

Hermógenes

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Correr Risco

Rir é correr risco de parecer tolo.
Chorar é correr o risco de parecer sentimental.
Estender a mão é correr o risco de se envolver.
Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu.
Defender seus sonhos e idéias diante da multidão é correr o risco de perder as pessoas.
Amar é correr o risco de não ser correspondido.
Viver é correr o risco de morrer.
Confiar é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de fracassar.
Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar nada.
Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada.
Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas elas não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem.
Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua liberdade.
Somente a pessoa que corre riscos é livre!

Seneca (orador romano)

Por que não arriscar?

Feliz Páscoa para todos!!

Mirtes