sábado, 12 de março de 2011

Aniversário de Recife e Olinda




O cotidiano das ruas, Conde da Boa Vista em ritmo frenético, o comércio de microfone plugado chamando a atenção de quem passa, o pescador de siri na beira da ponte e a necessidade de ter o Mercado de São José com suas ervas engarrafadas. O cheiro do mangue, do mangue que resta, com grupo seleto de imponentes caranguejos residentes... Eis que chega carnaval, bloco da saudade ao som de vassouras arrasta multidões, o galo gigante que avisa que é hora de pular ao som dos trios elétricos. A cidade "freve" com o côco, ciranda, maracatu, cavalo marinho,baião, xote, pop, rock. Há quem diga "voltei Recife", mas quem é de Recife, mesmo indo nunca vai, ou melhor, faz que vai, mas não vai. Isso é Recife. Veneza barroca de luz e sombra, de altos e baixos, da cantoria de reis e de baião que se sobressai quando é São João. Ao meu, ao seu Alceu que tantas vezes empurrou a cultura dessa terra a céus estrelados, maestro Forró, explode Spok, são tantos nomes que a gente sabe como começa, mas se termina, não sabemos onde. Cheiro de alfaias batendo com a benção do Bom Jesus se arrastam pelas ruas com um arsenal de artistas com sede. Oh linda, o que falar de você minha linda? Terra que por anos embalou o carnaval de tantos ao som dos clarins, das troças irreverentes, do carnaval único que é feito pelo povo para o povo. Suas ladeiras que contam não histórias de outrora, mas gritam a vida de tantas pessoas que as habitam. É Olinda, tens a sorte de ser eternamente jovem, de ser imortal, com suas igrejas seculares com eiras, beiras e tribeiras. Dos artistas que fazem os teus dias mais cheios de cor, emoldurados por um mar estonteantemente azul que em compasso com o sol te ilumina belle de jour. Parabéns minhas cidades, minha terra, cidades parabólica de saudosos poetas.

Por: Eyder Borges

Fonte Imagens:
asaber.com.br/Olinda
www2.uol.com.br/Recife

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