domingo, 14 de março de 2010

"A casa da mãe Joana"

Algumhas Versões:

É óbvio que toda metáfora teve sua origem em alguma situação, mas, pelo fato de muitas delas serem expressões antigas que compõem a língua já há centenas de anos, nem sempre é possível determinar com absoluta certeza sua verdadeira procedência.

- "Casa da mãe Joana" é um dito popular que faz parte do folclore de um povo.
Na época do Brasil Império, mais especificamente na época da menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro cuja proprietária era justamente a Joana. Como eles mandavam e desmandavam no país, ficou a frase casa da mãe Joana como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

- Ensina Câmara Cascudo que a expressão se deve a Joana, cujo nome completo se desconhece, que viveu na Idade Média entre 1326 e 1382 e foi rainha de Nápoles e condessa de Provença. Teve uma vida atribulada e em 1346 passou a residir em Avignon, na França, segundo alguns autores por ter se envolvido em uma conspiração em Nápoles de que resultou a morte de seu marido, segundo outros por ter sido exilada pela Igreja por causa de sua vida desregrada e permissiva.

Em 1347, aos 21 anos, Joana regulamentou os bordéis da cidade onde vivia refugiada. Uma das normas dizia: "o lugar terá uma porta por onde todos possam entrar." Transposta para Portugal, a expressão paço-da-mãe-joana virou sinônimo de prostíbulo. Trazida para o Brasil, o termo paço, por não ser da linguagem popular, foi substituído por casa e casa-da—mãe–joana e serviu, por extensão, para indicar o lugar ou situação em que cada um faz o que quer, onde imperam a desordem, a desorganização.

Fonte: saladeaula.terapad.com

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